NAPOLEÃO, GUARDIÃO DAS LIBERDADES.

François Furet e Mona Ozouf, em seu alentado “Dicionário Crítico da revolução Francesa”, obra festejada em todo o mundo, nos mostra o que sempre foi a capital da cultura do mundo, a França, depois da Grécia e do Império Romano onde nos foi legada a renascença.

Sua história qualificou Napoleão pelos autores, historiadores acatadíssimos e respeitados mundialmente, como “O MAIOR E TALVEZ O ÚNICO DE SEUS HERÓIS”. Mas são mais de mil páginas de leitura....que podem ser lidas com parcimônia por acontecimentos. Muito alentador e de profunda revelação.

Ganhei essa obra prima, voltada para todos os que se debruçam sobre a história com vontade de esclarecer seu curso. Me fez presente desse irradiador de cultura e acervo de conhecimentos de valor imensurável, o Luiz Carlos Figueiredo, sobrinho do Presidente Figueiredo, que em agradecimento à consulta jurídica que não cobrei, com um cartão simples, disse: “Agradecido...peço-lhe que aceite esta lembrança recomendada pelo meu pai, como um dos maiores livros da história moderna”.

Quem era seu pai? Um dos melhores intelectuais contemporâneos, Guilherme Figueiredo, já falecido.

José Guiherme Merquior, diplomata brasileiro, uma das maiores perdas da intelectualidade brasileira, morto precocemente, faz o prefácio desse monumento histórico, dizendo que o “Dicionário” “representa um patamar interpretativo de enorme autoridade intelectual”, e diz em alongado prefácio, que é quase um outro livro: “A grande conseqüência, a curto ou médio prazo, da Revolução, se chamou Napoleão Bonaparte. Segundo Guizot, o segredo de Napoleão fora prover a glória, garantir a ordem - e manter as realizações da revolução”.

Acho que a história não desconhece as projeções da revolução para o pensamento humano. Recomendo a leitura do “Dicionário”. Por ele penetra-se nessa história que revê seus credos. O iluminismo abre as portas para o mundo.

Nem mesmo um despreparado desconhece o valor de Napoleão I para a história universal, conceitos, projeções e suas conquistas maiores. Autenticou a cultura iluminista, foi seu guardião. Afligiria a cultura sedimentada inquestionável a perda desses valores, ainda que não sejam observados integralmente seus princípios.

Napoleão fez preservar os princípios universais da revolução francesa, marco definitivo para as liberdades e a construção do pensamento nessa linha, e fez cessar a matança pela guilhotina, onde se matou dois terços da população francesa, enchendo cestos de cabeças guilhotinadas, trabalhando sem cessar a máquina por vezes vinte quatro horas seguidas, em semanas.

Por outro lado, se não partisse para abafar as outras resistentes monarquias européias, fragilizadas pela revolução francesa, ficaria subjugada a grande conquista do humanismo. Assim, foram preservadas essas conquistas, posteriores e em salvaguarda da nova filosofia revolucionária, de que tomou as rédeas. Sem tal posicionamento sucumbiria, onde muitas cabeças destacadas se impuseram, e foram uma defesa dos princípios libertários alcançados.

Uma das resistências fugiu para o Brasil, a monarquia de Portugal; SERÁ QUE FOI AZAR NOSSO?

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 26/07/2012
Reeditado em 26/07/2012
Código do texto: T3798359
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