PAI...?
PAI ?...
" Paternidade não significa poder, mas, principalmente
dever. Não apenas no sustento material, alimentar, mas
especialmente exemplo Moral e Cristão.”
PAI, originário do latim PATER que significava, toda pessoa que dava origem a outro ser. O direito romano, base do nosso ordenamento civil conferia ao PAI o título de Paterfamiliae, o cidadão romano chefe de família. Já definiam os Romanos que “ ist est pater quem justae nuptiae demonstrant”( o pai legítimo é aquele que o matrimônio como tal indica). A ele todo o poder sem oposição, onde se incluía a esposa.
Durante o século XX convivemos no Brasil com o PÁTRIO poder onde todas decisões da família eram tomadas pelo homem da casa. O código civil em vigor desde 11 de janeiro de 2003, substituiu esta expressão ultrapassada para “ Poder Familiar ”, onde o marido e mulher, juntos, deliberam consensualmente sobre os destino de uma família.
Em sentido jurídico, PAI é ascendente masculino de primeiro grau. A palavra PAI não se limita apenas a letra da lei e surge de formas das mais variadas no nosso dia a dia. O Dicionário Houaiss aponta com precisão um sem número de variáveis. “ É o pai da pátria ( defensor do país), Pai da criança (autor da idéia), Pai das queixas (delegado de polícia), Pai Gonçalo ( marido sem iniciativa, dominado pela mulher), Pai mané ( individuo ingênuo), Pai dos burros ( dicionário), eis ai as definições populares.
Com tantas definições jurídicas, popular e familiar, concluo que a conotação hierárquica, de poder, de gestão, são apenas falácia, quando confrontamos com o verdadeiro sentimento paterno que devemos ter como pais “ O AMOR ”. Neste Dia dos Pais em que o ego masculino fica ainda mais aguçado, uma autocrítica é sempre bem vinda.
Deixemos de lado todo as definições acima, firmemos no exemplo do PAI CELESTIAL, que nos amou primeiro, de maneira incondicional, pois se os nossos pecados nos separam deste amor, a sua misericórdia nos resgata e nos possibilita sermos chamados filhos amados.
Meus queridos irmãos, minha vida como Pai, como filho, como esposo me credencia a aconselhá-los a refletir no que fomos, no que somos e no que poderemos ser como Pai. Os nossos filhos estão a cada momento nos observado, somos espelhos que refletem nosso caráter cristão e moral a serem seguidos. Os nossos acertos, nossas virtudes, nossas vitórias devem servir de incentivo. Nossos erros, nosso defeitos, nossas derrotas, servirão de advertências, sinalizando caminhos que não deverão ser trilhados.
Deus espera que sejamos Pais e Esposos compromissados com a sua palavra, presentes como cabeça da família, amando, protegendo e edificando nossa casa na rocha que é Cristo Jesus.
- DFerrer
(Reflexão feita por ocasião do Dia dos Pais em 2006 na IBM.)