O INFERNO PRESENTE...

VIVER É CORRIDA PARA A MORTE, JÁ DIZIA DANTE ALIGHIERI, MAS A VIDA É O MAIOR DOM, E O MÁXIMO DIREITO EM CONJUNTO COM A LIBERDADE. VIVER COM LIBERDADE, E RESPONSABILIDADE.... FALAR DE VELHICE, TÃO APREGOADA, É DISFUNÇÃO DE APREENSÃO EM LÓGICA COMUM, COMO MUITOS INFANTILMENTE ENFATIZAM, PIOR, PEJORATIVAMENTE. TODOS SÃO VELHOS A PARTIR DO NASCIMENTO, É O TERMO INICIAL DA VELHICE, SER MAIS OU MENOS VELHO, E O TEMPO FAZ A CORRIDA, E COM ELE A VIDA PASSA, PARA TODOS OS NASCIDOS, PASSA O TEMPO E NEM É PERCEBIDO, CANTAM-SE ENCANTOS E O ABISMO DESCONHECIDO SE APROXIMA VORAZ E NÃO SE EXPLICA, E INSISTEM EM EXPLICÁ-LO. OCORRE A MAGIA DO ENFRENTAMENTO, GERADOS E MULTIPLICADOS OS PENSAMENTOS SE ENFRENTAM, O HOMEM NO FIM DA LINHA É O OBJETIVO QUE VIRA OBJETO. E O PLANETA JÁ VIVE NO INFERNO, VAZIO ENQUANTO A VIDA QUER SER VIVIDA, E SÓ. PURA DESRAZÃO ENFRENTAR ONDE A RAZÃO PENSA COMPREENDER E NADA EXPLICA. E OS DIREITOS, NATURAIS, QUE DESNECESSITAM ESTAREM NAS REGRAS, SÃO GIGANTESCAMENTE DESRESPEITADOS.

"Lasciate ogni speranza voi che entrate!' -Percam todas as esperanças. Estamos todos no inferno."

Essa tradução, como muitas da “COMMEDIA” de Dante é contestada, mas aceita por inúmeros eruditos. Dante e sua obra singular, tida como a segunda do mundo depois da Bíblia, que deu uniformidade à língua italiana, relata a avalanche de emoções que o mundo tinha atravessado na idade média, os horrores lastreados nas crenças absurdas de dogmas terroristas mostravam os dentes dos homens ditos civilizados.

O mundo já “civilizado” em parte, deixava suas marcas como “cão”, pior, cão danado. E Dante fez seu registro no monumento da literatura mundial impossível de ler como diz Malba Tahan em sua língua original para nós, a língua criada por Dante , “dantesca” o mais casto italiano da época, cantante, romântico, rico e sonoro. E assim é o italiano comum, um pouco confundido na Europa por outras línguas, quando se fala o português do Brasil, e logo perguntam franceses, suíços, belgas: “são italianos?”

Estaríamos todos em um inferno vivo, como assevera Dante em seu envolvente italiano florentino que colocou ponto final nos dialetos falados principalmente no sul, ainda praticados. Esse inferno e seus círculos são universo indesejado, sempre expurgado. Mas que atire a primeira pedra quem ou aquele que pode classificar em posição contrafeita esse globo onde se mata por domínio, onde se deixa morrer de fome, onde se esquece o pai se dele não mais se precisa, mães sendo mortas por filhos, conta a história, filhos assassinados por pais, e todos os célebres encontrados com seus horrores nos abismos de Dante.

Vivemos em globo terrestre onde tudo de pior acontece. Dante tinha razão. Existem alegrias e gestos de boa vontade? Sim, existem. Mas uma violência do nível em que se vive mata a esperança que reporta Dante. Realmente estamos no inferno.

O inferno está em todo o território mundial, com maior ou menor intensidade, abrangendo diante do fator demografia uma maior expansão territorial. Fome nas áfricas, matanças nas arábias, discriminação nas fronteiras palestinas, e morte, subtração de direitos de liberdade nas américas, Cuba, Venezuela, bem como na Coréia do Norte, e tantos outros rincões humanos.

Os bens essenciais em dignidade são violados em todo o mundo, com raras exceções, no Brasil a educação vai esperar seres mais iluminados guiarem seus nacionais, onde se ensina a não ensinar, somar subtraindo e a escrever desobedecendo o mínimo gramatical. MAS A SAÚDE NÃO PODE ESPERAR...! É O INFERNO A QUE ALUDE DANTE. A ESPERANÇA FENECE...

E Virgílio aponta o monstro da fraude ( o mesmo que assola a saúde) a Dante: “Eco la fiera la coda aguzza rompe mura”. Eis a fera, a cauda aguda rompe muralhas.

“Ecco colei che tuto il mondo appuza”. Eis aquela que todo mundo empesta...

É o que temos, um inferno que só cresce, a fera não se intimida!

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 25/07/2012
Reeditado em 25/07/2012
Código do texto: T3796756
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.