faxina no coração e na alma

O coração e a cabeça, as vezes como uma casa precisa de uma boa faxina!

Hoje abri a porta e entrei na minha sala, resolvi começar por lá...

Coloquei pra fora todas as pessoas que passaram, sentaram um tempo,

Mas a conversa não agradou, estava chata, pessoas vazias

Que as lembranças vira e meche ainda me trazia...

Tirei o pó velho do coração, mudei o canal da televisão,

Um novo filme, uma nova história...

Desocupei lugares e deixei outros entrarem, sentarem e ficarem...

Afinal eles ficaram lá em pé, esperando sua vez de entrar e sentar na sala da minha vida.

Depois fui pro meu quarto!

Lá eu limpei toda a sujeira que tinha maculado meu leito.

Troquei os lenções que cobriam meu coração, mentiras ditas em vão...

Os cobertores que aqueciam fora não dentro, joguei fora!

Esse tipo de pessoa eu nuca poderia contar nos momentos de dificuldades,

Não adiantaria ter ao meu lado.

Já não me servia mais!

Também estavam imundos!

Fui então para a cozinha!

Limpei todos os restos dos pratos,

Conversar inúteis que já não me iludem...

Lavei as paredes, o chão,

Comecei a tirar todo resto podre do meu coração.

Tirei o lixo pra fora!

Desilusões...

Desamores...

Restos de pessoas que se diziam verdadeiras,

Mas nunca souberam o que caráter e verdade significam...

Então tudo estava quase limpo!

Mais senti um fedor que se destacou depois da limpeza!

Era o banheiro!

A pior parte e a mais importante!

Entre, reuni toda a minha coragem para o final!

Tirei o resto do lixo, papel, como meu coração usado pra limpar merda,

Depois atirado fora sujo, sem preocupação.

Afinal papel e meu coração devem ser iguais: sem sentimentos!

Esfreguei o vaso, tirei o resto de excrementos,

Esses estavam grudados demais,

Restos de quem não prestava,

De quem só me fez mal e me trouxe sofrimento,

Ainda enraizado, grudado no fundo da minha alma...

Esfreguei até o sague e toda a sujeira sair...

Por fim ficou limpo!

Lavei o chão sujo de urina, ao poucos o fedor foi se tornando cheiro,

Logo tudo estava limpo.

Impecável, usavam, habitável!

E meu coração sem magoa, rancor ódio estava pronto pra se uma nova morada.

Pra receber um novo morador!

Só desejei que fosse mais limpo que o que acabou de partir...

Melhor, o que eu acabei de expulsar...

Por que limpar todas a sujeira, me levantar e tirar a dor,

Tinha quase me matado, me deprimido, me deixado doente...

Prometi a mim mesma que faria uma avaliação antes de arriscar...

Tirei a roupa suja, suada, molhada, joguei fora,

Não quero lembranças...

Só se recomeça se livrando de tudo o que trás recordações...

Entrei em baixo do chuveiro,

Por muito tempo as lágrimas da desilusão lavaram meu coração,

Minha alma, tiraram toda a dor, todo desespero, todo sofrimento

Que vinha me perturbando!

Chorei até lavar tudo e nada mais restar!

Então quando acabei o banho de lágrimas, me vesti,

Não com uma roupa limpa, mas uma nova!

Nunca usada antes, sem lembranças, sem memória...

Abrir a porta para o sol lindo que brilhava, linda e arrumada,

Sai pra fora, para a luz, para o vento que sopra...

Para encontrar novos amigos, os velhos e verdadeiros...

Para conhecer meu amor!

Aquele que segurará minha mão,

E que nunca me deixará chorar outra vez!

karla geane
Enviado por karla geane em 25/07/2012
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