ENTÃO VAMOS FALAR DE CINEMA 3D

Por Lauro Winck

A tão badalada invenção, não passa de uma ilusão óptica onde as camadas magenta e cyan são separadas com certa distância uma da outra. Isso dá uma cena como uma imagem embaralhada. Os óculos verdes de um lado e vermelho do outro criam a sensação de que a imagem está em um plano acima do restante. Simplesmente eles cumprem a tarefa de recolocar as camadas afastadas novamente como se estivessem em sua posição correta. Na verdade o cinema foi desde o início 3D. Porque vivemos em um ambiente 3D, o cinema permitiu que pudéssemos gravar fotografias em movimento. No ambiente gráfico tridimensional a tela tem proporções infinitas diferente de cenas limitadas por margens. Isso porque utilizamos coordenadas cartesianas, x,y,z, onde x refere-se ao movimento horizontal, y ao movimento vertical e z que cria a idéia de profundidade. Assim são construídas as imagens 3D. A holografia foi uma intenção de permitir imagens tridimensionais independentes de uma tela, mas só consegue criar uma imagem transparente, como um fantasma. Hoje está confinada ao uso como selo de segurança. Em certa época construíam-se cinemas onde uma plataforma sob as poltronas, movimentava-se ao ritmo das cenas, dando a ilusão de que o espectador se sentia dentro de um veículo em movimento. Parece que a idéia não vingou pois era muito cara. Lembro de capítulos da série Jornada nas estrelas em que o personagem chamado para uma reunião, sentia-se como se tivesse sido transportado para o ambiente da tal reunião. Assim, o cinema conseguiria que o espectador visse o filme ao nível da câmera que grava as cenas. Mas mesmo assim você estaria preso ao ponto de vista da câmera. Além disso, atualmente o truque do cinema 3D, prejudica as cores na medida em que o desajuste das camadas mencionadas prejudica as outras camadas de cor. Então, na minha opinião, deveríamos deixar o cinema como está até que se consiga algo diferente. Prefiro ver o filme como foi feito, sem invenções mirabolantes.