Ser feliz é fácil. As pessoas complicam demais!

Sempre afirmo que viver requer ousadia, destemor, temperança e perseverança.

Como muitos já sabem, sou uma pessoa apreciadora dos seres humanos e gosto de apreciar seus mais distintos modos de ser.

Este dia estava relendo um livro que já havia anos que não manuseava e notei algo muito interessante. Dizia assim em dado momento: O dinheiro não enlouquece, mas o amor pelo dinheiro destrói a serenidade. A ausência do dinheiro nos torna pobres, mas o mau uso dele nos torna miseráveis. O vendedor de sonhos (A.Cury).

Nossa, que verdade sublime!

Conheço pessoas que abundam em grana, mas seu caráter está encravado na grama. Sim, grama da ganância. Grama do egocentrismo. Grama do individualismo, da insensatez, da mesquinhez.

Esquecem que um dia partirão para a eternidade e deixarão suas muitas posses em outras mãos que, sabe Deus, darão ou não continuidade ao império erguido.

Sinto-me livre, sóbria e serena.

Acredito que muitos gostariam de sentir o que sinto neste instante, mas, infelizmente, seus muitos bens os impedem de serem verdadeiramente felizes e desfrutarem os melhores prazeres da vida.

Como máquinas, aprenderam a computar dinheiro. Suas mentes não param um minuto sequer e quanto mais acumulam bens efêmeros, sentem-se mais deuses. Sim, verdadeiros deuses envoltos numa carcaça humana que a terra haverá de devorar mais cedo ou mais tarde.

A busca incessante pelo poder os cegam! Os emburrecem! Os embrutecem!

Sensibilidade não mais existe!

Há muito deixaram de sentir amor e quando alguém se aproxima, logo imaginam que há um interesse por trás daquele gesto. Ficam ultra inseguros e deconfiam até da própria sombra.

Será isto viver???

Sei lá, nunca tive dinheiro em minha vida, mas já tive uma condição financeira mais abastada. Só que, naquela fase, pude perceber que o dinheiro é apenas um acessório facilitador e necessário em nossa vida. Nada mais!

Sinceramente, ele não me trouxe felicidade, saúde, amor, beleza, nada disto.

Trouxe sim, algumas amizades interesseiras. Uma falsa sensação de segurança e muitos questionamentos.

Como tudo nesta vida tem um porquê, hoje, mais madura, menos rigorosa e mais bem humorada, entendo que a verdadeira felicidade está em estar bem consigo mesma, com seus semelhantes e curtindo a vida em qualquer circunstância.

Constatei que tomar um sorvete, andar a pé, pedalar uma bicicleta, apreciar o mar, jogar conversa fora, rir de si mesmo, tudo isto é ser feliz.

Não custa nada!

Ser feliz é fácil! O problema é que as pessoas complicam demais.

Fátima Burégio
Enviado por Fátima Burégio em 21/07/2012
Código do texto: T3789757
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.