Da ação

O que é isso “ação”? Um filme cibernético? Uma causa? Um jargão? Um investimento? Uma devolução. Um embargo? Um suco? Um prêmio? Uma saudação? Uma imposição? Uma divagação? Uma ordem? Uma indenização? Uma tolice? Um resíduo? Uma tirania? Uma reles ilusão? Uma cerveja?

Clicar em ação e destituir de razão a eterna defesa do cliente. E se explodir a roseira? E se surgir alguns palhaços entre a chuva de espuma colorida? E se acabar o verão? Cuidado. O mundo guarda em seu ventre os vencedores implacáveis, os perdidos, os desgarrados de alma negra. Desonestos aparentemente desinteressados, porém argutos, dispostos a servir indiscrição aos escândalos sem espelhos. São os últimos a solicitar que o inferno se retrate.

Mas que ação é essa? Um enriquecimento no próximo saldo?

Uma chantagem virtual? Alguma ação inovadora? Que nova determinação?

Vontade de jamais receber ordem alguma durante a navegação: ora, faça isso, ora aperte aquilo. Sabe lá se aperte o “dane-se” terá efeito setorial. Afastem-se todos os sanos dos trilhões de erros de máquina do micro. Eis a fonte do direito para o usuário colossal! Se houver um lado nessa totalidade, este é o que explora o lucro sobre o teu fascínio. Lutar contra o fascínio é luta vã.

Logo agora em que manteria pela primeira vez certo acordo diante da vetusta repetição dos comandos. Todos os dias trabalhava gratuitamente em seu up-load onde era tudo elaborado com as mesmas ferramentas. Outras seriam inversões cínicas, preparações para armadilhas inescapáveis: literatura é literatura, não permite vantagens aos demais sobre a experimentação. Mas pela primeira vez na história da humanidade criava-se este novo aspecto: não só experimenta, mas permite a exploração secundária.

Tantos anos funcionando com idênticos gestos; tantas vezes a mesmice. Lembrando que há um tipo de mesmice dramática: a mesmice obrigatória! Dessas que acaba estupidamente sublimada no vazio sem extras da mera repetição. Vivíssima pela sensação de ter contribuído bem mais do que a generosa promessa inicial. Inversão de sentido: sendo o usuário antes do cliente.

O usuário é antes do cliente. O mercado jovem permite que moços afeitos ao direito inventem a práxis, bem ancorados na paixão que é de efeito dar indumentárias as experimentações lúdicas do computador em condições de internet. Baseados no poder individual decisório de se ater aos preceitos das legislações mofadas. Computador é pós-tradição. Nada se iguala e onde tudo se cria.

A ninguém deve ser dado o direito de se tornar cliente apenas pelo simples fato de ter sido usuário de determinado objeto lúdico fascinante. Lâmpada mágica. Sendo que a única maneira de folhear os assuntos é navegando mares desconhecidos, mas de fácil manuseio pra conectar em segundos. Entreguem aos objetos todas as facilidades da objeção e temos a epidemia de perdedores. Se o usuário global prescindir do pressuposto da fase inicial da informalidade terá permitido que o computador se torne o pior inimigo do homem. Refletia moderadamente.

*********************