UMA BELA CENA
Ontem, pequei uma carona no carro do meu filho, ele foi para o trabalho e me deixou num ponto da cidade, que eu queria ficar.
Para voltar, me utilizei do metrô, ao entrar em um dos vagões, sentei-me à frente de um lindo menino de olhos azuis da cor do céu e cabelos da cor do trigo dourado. Ele estava acompanhado pelo pai. Um pai carinhoso, gentil, atencioso.
No trajeto curto que fizemos juntos, fiquei encantada com a esperteza natural daquele menininho de 4 anos, eu suponho. Perguntava tudo ao pai, cada vez que a porta do trem se abria, ele descrevia o que havia sobre a plataforma. E a cada interrogação dele, o pai respondia com atenção e paciência. Mal acabava de responder, e o esperto menininho, já tinha outra questão, na ponta da língua.
Uma bela cena ! Nela se percebia o grande amor daquele pai por seu filhinho, e dele para com o pai.
Tentei desviar os olhos do menino, com medo de parecer desagradável, mas, não conseguia, a cena me chamava de volta, cada vez que a voz agradável do garotinho se fazia ouvir.
Eles desceram uma estação antes da minha, e na hora que se levantaram para sair, o pai me presenteou com um amigavel sorriso, como a me dizer que entendia meu olhar de saudade.
E fiquei a pensar se ele, me entendia mesmo.
A cena me remeteu a lembranças, que já tem mais de 30 anos, para uma época, quando meu filho tinha 4 anos, e igual aquele lindo e esperto menininho, meu filho também, não parava de perguntar, sua curiosidade por vezes me cansava, de tantas respostas e explicações, que eu tinha que lhe dar. Vendo aquele pai tão paciente e gentil, fiquei a me indagar em silêncio, se eu teria sido assim?
O tempo passa rápido demais, e só aprendemos a ser pai e mãe, sendo. É no exercício da função, que vamos ganhando competência. Na teoria tudo fica fácil, na prática é que são elas.
Mas, de uma coisa tenho certeza, e sempre repito aos meus filhos, se hoje eles voltassem a ser crianças, eu me sentaria mais no chão com eles para brincar. Cuidei muito deles, eduquei da melhor forma que pude, e eles são filhos maravilhosos, mas me arrependo das vezes que atarefada, deixei de atender ao pedido de um deles, para brincar.
Agora, só posso reparar esse fato, brincando muito com os meus netinhos, quando eles chegarem. Certamente terei mais tempo e paciência, para responder todas as perguntas que eles me fizerem, e vou sentar-me muito no chão pra brincar do que eles me pedirem.
(Foto da Autora)
Ontem, pequei uma carona no carro do meu filho, ele foi para o trabalho e me deixou num ponto da cidade, que eu queria ficar.
Para voltar, me utilizei do metrô, ao entrar em um dos vagões, sentei-me à frente de um lindo menino de olhos azuis da cor do céu e cabelos da cor do trigo dourado. Ele estava acompanhado pelo pai. Um pai carinhoso, gentil, atencioso.
No trajeto curto que fizemos juntos, fiquei encantada com a esperteza natural daquele menininho de 4 anos, eu suponho. Perguntava tudo ao pai, cada vez que a porta do trem se abria, ele descrevia o que havia sobre a plataforma. E a cada interrogação dele, o pai respondia com atenção e paciência. Mal acabava de responder, e o esperto menininho, já tinha outra questão, na ponta da língua.
Uma bela cena ! Nela se percebia o grande amor daquele pai por seu filhinho, e dele para com o pai.
Tentei desviar os olhos do menino, com medo de parecer desagradável, mas, não conseguia, a cena me chamava de volta, cada vez que a voz agradável do garotinho se fazia ouvir.
Eles desceram uma estação antes da minha, e na hora que se levantaram para sair, o pai me presenteou com um amigavel sorriso, como a me dizer que entendia meu olhar de saudade.
E fiquei a pensar se ele, me entendia mesmo.
A cena me remeteu a lembranças, que já tem mais de 30 anos, para uma época, quando meu filho tinha 4 anos, e igual aquele lindo e esperto menininho, meu filho também, não parava de perguntar, sua curiosidade por vezes me cansava, de tantas respostas e explicações, que eu tinha que lhe dar. Vendo aquele pai tão paciente e gentil, fiquei a me indagar em silêncio, se eu teria sido assim?
O tempo passa rápido demais, e só aprendemos a ser pai e mãe, sendo. É no exercício da função, que vamos ganhando competência. Na teoria tudo fica fácil, na prática é que são elas.
Mas, de uma coisa tenho certeza, e sempre repito aos meus filhos, se hoje eles voltassem a ser crianças, eu me sentaria mais no chão com eles para brincar. Cuidei muito deles, eduquei da melhor forma que pude, e eles são filhos maravilhosos, mas me arrependo das vezes que atarefada, deixei de atender ao pedido de um deles, para brincar.
Agora, só posso reparar esse fato, brincando muito com os meus netinhos, quando eles chegarem. Certamente terei mais tempo e paciência, para responder todas as perguntas que eles me fizerem, e vou sentar-me muito no chão pra brincar do que eles me pedirem.
(Foto da Autora)