O QUE SERIA DO MUNDO SEM OS VISIONÁRIOS?
No dia em que se comemora o 139º aniversário de Santos Dumont, eu me convenço cada vez mais que no mundo são imprescindíveis os visionários. Tidos como malucos em todas as épocas da História, criticados, perseguidos e até mortos, suas teorias e invenções ganharam forma e impulsionaram o progresso. Muitas delas reconhecidas somente após sua morte. Deram ao mundo o avanço tão necessário e, muitos deles, terminaram a vida pobres e esquecidos.
O homem é um ser incrédulo por natureza. Só acredita naquilo que vê. Os São Tomés da vida são responsáveis pela difusão da descrença e da ironia às novas idéias. Ao invés de se aprofundarem no conhecimento das novas teorias, levam-nas à chacota e, como donos da verdade, tentam destruir aquilo que, um dia, será a mais pura realidade.
Ainda bem que os visionários parecem ter uma mola propulsora que os faz insistir e, apesar dos contras e de toda a adversidade, como bons timoneiros remam contra a maré. E acabam provando que o impossível não existe. Que aquilo que é utopia no presente, mais tarde torna-se epidemia mundial. As invenções surgem, estejam eles, os visionários, vivos ou mortos. E os descrentes de hoje serão os usuários do futuro.
@ Dedico esta crônica a Corte de Gorobixaba,
um Reino encantado, repleto de visionários
que alegram, com sua utopia, o Recanto
das Letras.