OS BONS POLÍTICOS, OS TRIBUTOS E A PUJANÇA DO BRASIL.
 

 
 Durval Carvalhal

 
 

          A nossa carga tributária é inversamente proporcional em relação à sua origem e o seu destino, ou seja, é uma das maiores do mundo e o seu retorno é considerado dos piores. Não obstante o montante pago, somos obrigados a pagar novamente por serviços já pagos, como segurança, saúde e educação. E as perspectivas não são boas, posto que a enorme demanda reprimida por serviços e investimentos públicos elimina a possibilidade de a carga tributária ser reduzida nos próximos anos.
          O esforço tributário da sociedade brasileira é relativamente elevado e o que se recebe de volta? Quase nada, por que:
1) Parte dos recursos arrecadados é roubada por políticos, funcionários públicos e juízes, através de obras superfaturadas, mensalões, mensalinhos e parentes com altos salários;
2) Outra parte é desperdiçada pelo governo que é burocrático, gastão e ineficiente;
3) Por fim, segundo cálculos, mais de 70% vai para pagar a famigerada Dívida Pública.
          A tributação da folha salarial é pesada; pagam-se Imposto de Renda, INSS, além de plano de saúde e imposto sindical, aproximadamente 33% do salário. Do que sobra, metade vai para o governo através dos impostos indiretos. As necessidades humanas são satisfeitas com produtos e serviços, nos quais paga-se forte imposto embutido. Do salário que se ganha com muito suor, o trabalhador só usufrui um terço. Isso é um massacre.
          É uma questão meramente política, cuja solução está no binômio: bom governo e bons políticos. Os existentes não vão mudar nada; pelo contrário, tendem a manter o status quo, ou piorar o que já é ruim.
          O político, de um modo geral, é imune às manifestações, que são importantes, mas não são suficientes para mudar verdadeiramente a face da nação, porque ele é indiferente a todas as manifestações, e carrega, consigo, um quê de cinismo, pois sabe que o povo tem memória curta; mas, é corajoso e topa tudo, menos a falta do VOTO.
          Mas o voto é nosso e vale ouro; em quaisquer organizações, por mais criminosa que seja, o sufrágio é muito relevante. A máfia, por exemplo, escolhe seus líderes, seus chefes, quem vai mandar e quem vai obedecer. Portanto, sem o seu voto, o político não vale um tostão, e como o voto é seu, só você pode ajudar a mudar o País, votando certo. E o que é votar certo? É fazê-lo com critério, o que significa votar nos bons políticos, nos honestos e de espírito público.
          Para votar no melhor é necessário observar, no candidato, sua trajetória política, o nível da sua fidelidade partidária, se é ético, a sua formação, se tem ficha limpa, se é combatente da corrupção, seu nível de assiduidade nos trabalhos, se é muito gastão, se seu patrimônio é normal ou comprovado, se defende a redução de tributos e de desperdício do dinheiro público.

 
         Só assim, e somente assim, poder-se-á construir um país justo, decente, ético, pujante e democrático para todos.



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Durval Carvalhal
Enviado por Durval Carvalhal em 20/07/2012
Reeditado em 03/08/2012
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