Grêmio Estudantil e Associação de Pais
“Pedagogo é aquele que provoca o potencial”
O Grêmio Estudantil é uma entidade formal, instituída pela Lei Federal Nº 7.398 e que representa os estudantes do ensino básico. A lei também garante a autonomia da entidade estudantil. Deveria ser um elo entre a instituição escolar, estudantes e a sociedade. Deveria ir além das “concessões cartesianas”, ou seja, não é o colégio que permite a eleição e/ou a criação de um grêmio estudantil. É direito legal dos estudantes se organizarem e lutarem por ações pedagógicas participativas, livres e democráticas. Mas, entre o direito e a realidade existe um abismo. Os raros grêmios estão sob a tutela das coordenações pedagógicas, aliás, o professor anda distante da pedagogia. Um grêmio estudantil livre permite a liberdade de expressão, fortalecendo o debate em torno dos anseios estudantis e interagindo com a construção do conhecimento de forma criativa, dinâmica e sem ruído, assim potencializando uma sociedade mais evoluída. O grêmio deve sair da escola e ocupar os espaços públicos, brigar por: mobilidade urbana, ecologia, sustentabilidade, democratização das instituições públicas e etc. Um Grêmio Estudantil vivo e atuante provoca e dá luz a pedagogia.
A Associação de Pais e Professores é uma instituição formal que representa os Pais e Professores, mantida financeiramente pelos pais. Com as APP´s não é diferente, normalmente é um braço programado pela voz da direção escolar. Defendo uma associação somente de pais, independente, sem ingerência das direções e professores. A missão das APP´s está além dos assuntos domésticos das festas juninas. Debater e cobrar da escola um Projeto Político Pedagógico Participativo que inclua um Conselho de Classe Participativo (já previsto na LDB e descumprindo pelas escolas). A associação de pais, também deve romper com os laços maternais e aventurar-se nas reivindicações por uma sociedade mais propositiva e democrática, ou seja, inserir-se nas lutas cotidianas da comunidade.
A Escola instituição, o Grêmio Estudantil e as APP´s fortemente potencializadas no seu interior, fortalecem a pedagogia originária, pois se unem por projetos coletivos mastigados por todos os sujeitos que compõem a comunidade escolar; estabelecem a ponte para a construção de uma sociedade criativamente emancipada.