O erotismo e a doçura...

Equilíbrio... As pedras parecem um pé de moleque... Equilíbrio... Os pés dançam sobre elas! Equilíbrio...

Olhos acarinham aquela belezura... Doce e apetitosa! Ela sorri e se oferece convidativa... Venha me provar sou toda sua!

Alva como a carne do coco em fruta, se expunha ali naquela vitrine para todos os transeuntes, em sua nudez apelativa.

Coma-me! Sou sua doçura!

Parada a sua frente olhos gulosos, boca esfomeada... lambem os beiços, diante daquele tesão, adocicado!

A cada esquina, lá esta ela, exposta ao sol, a chuva, ou, qualquer intempérie... nada a afasta do seu proposto: a de ser comida...

Volto... me espere... vou até ali e volto!Preciso ter você em minhas mãos, lamber seu rosto branco... sentir o seu cheiro de fruta... Sou toda sua e você é toda minha... meu estomago vibra com a sua presença, languida, voraz... comestível! Você é meu doce! Meu bacanal festivo...

Não a toque... ela é toda minha!

Vou voltar...

Vou voltar...

Vou voltar...

Vou voltar...

Não sou volúvel! Você é minha!

Nossa! Áurea minha amiga, você está devendo quatro para o moço. Cada vez que você passa por aqui, você promete que vai comprar e comer...

Agora, sim! Pegue aquela bem grande, moço! Vou comê-la de uma só vez! Esta vitrine adocicada me enlouquece.

Venha minha cocada!

Moço; será que você não pode vender o seu carrinho de doce para mim, pois, eu os encontro somente aqui em Parati!? Adoro cocada!