Tudo que eu tenho é apenas minha imaginação

Enlouquecendo nos próprios pensamentos...

Meus dedos cheiram a aço. As cordas corromperam minha pele. Delas tirei toda melodia que vinha do meu peito. Cantei mesmo não sabendo rimar, elas, as palavras.

Meu pensamento é como uma faísca: você nunca sabe aonde vai parar. São minhas interações se comunicando, tentando buscar um significado entre si. Mas acontece tão rápido que é difícil “pescar”. Meu incerto vem e destrói todo muro. Este é construído a todo minuto, mas sempre, sempre derrubado. Por quê? A novidade lhe é mais saborosa. Indescritível.

Meu corpo está aqui , mas minha mente à quilômetros de distância: correndo pela areia da praia; o molhado na areia bate no meu corpo fazendo minha pele tremer; o vento quebrando meus cabelos e resfriando meu rosto me dá a liberdade que tanto sonho. Não sei porque corro, mas me faz bem. Me faz esquecer que ainda estou aqui. Tudo que eu tenho é apenas minha imaginação. Ela me faz ser quem eu quiser. Ela é minha melhor amiga, como também minha inimiga mais cruel.

Talvez se eu deixasse meus devaneios de lado por um momento. Mas a caneta não pára e, por mais que doa fazê-lo, é minha salvação mais profunda, o meu grito silencioso ecoado aqui, para o mundo ler e, quem sabe, ouvir.

Mariana Rufato
Enviado por Mariana Rufato em 16/07/2012
Reeditado em 30/06/2013
Código do texto: T3780215
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