O 34ª. DIA COM OS AMIGOS – “ PERCURSO NA BR 343 – CHEGADA A TERESINA ” - PARTE 41.

Hoje o café da manhã teve gosto de saudade porque chegou o dia de meus amigos deixarem Parnaíba. Os meus hóspedes não tiveram pressa de se levantar da mesa farta e comeram com muito gosto as iguarias que marcaram presença na mesa de desjejum de todos os dias que eles passaram por aqui. Expliquei para eles que em Teresina também eles terão oportunidade de comer tapioca, cuscuz, beiju, queijo fresco, manteiga de nata e muitos outros coisas boas da nossa região.

Desta vez eles não leram o jornal, mas ele foi útil para enrolar os sapotis, o caranguejo e embalar as lembrancinhas que eles vão levando. Apesar de terem comprado sacolas não foi suficiente para agasalhar tanta coisa. Usaram caixa de papelão e fecharam com fita gomada. No percurso eles foram se despedindo da cidade. Adentramos na BR 343 com destino a Capital do Estado. É lá que eles vão pegar o vôo no aeroporto Petrônio Portela e cada um seguirá o seu destino. A BR estava tranqüila, eles elogiaram o asfalto, a boa sinalização, o acostamento, mas disseram que seria melhor se a estrada fosse duplicada.

O sol estava forte, mas ali e acolá nuvens brincavam de escondê-lo. No Buriti dos Lopes, a cidade do Ponto de Cruz, um chuvisco ameaçou virar chuva. Esse trecho é sempre muito chovido. O rio Pirangi estava bastante volumoso e chamou atenção dos turistas pelo seu leito rochoso e suas lindas quedas d´água. Meus amigos ficaram temerosos com as curvas nesse pedaço de estrada. Eles procuraram os Ipês que viram na vinda. E desta vez eles estavam mais floridos. Uns com flores roxas outros com flores amarelas saudavam os visitantes. As carnaúbas também estavam alegres com o chuvisco.

Fizemos umas três paradas nos pontos de vendas a beira da estrada para comprar piqui milho verde, pitomba, bacuri, melão, abóbora, genipapo, mel de abelha. Encontramos também próximo das cidades meninos vendendo cana cortada em rodelinhas espetadas uma a uma formando um molho.

Mais adiante outra curva fechada “A Volta do Jurema”, algumas retas e em todo o percurso casinhas simples salpicavam a BR. Elas eram anunciadas pelos cachorros, pelas galinhas, cabritos e porquinhos que brincam nas proximidades das humildes residências de sapê cobertas de palha de carnaúba. E fomos passando por várias cidades, Altos já é a grande Teresina. O município conta com rios perenes, cachoeiras e riachos. A passagem pelo centro da cidade altinense é obrigatória. O motorista tem que ser bom para se desviar das bicicletas, motos, carros e gente que trafegam entre os meios de transportes sem muito cuidado em preservar suas vidas.

Percorrido os 330 km de estradas previsto adentramos em Teresina, mas precisamente na Av. João XXIII. Uma avenida bastante larga, bem cuidada, muito arborizada. Passamos por várias revendas de carros: Fiat, Citroen, Pgau. Chegamos no Balão do São Cristóvão, atravessamos a Ponte do Rio Poti, em seguida encontramos a Av. Frei Serafim, passamos pelo Colégio Sagrado Coração de Jesus, Colégio das Irmãs que foi fundado em 1906, em seguida encontramos a Igreja São Benedito, construída pelos italianos no século XIX. A Igreja antecedeu a avenida e o missionário italiano Frei Serafim foi homenageado através da avenida que recebeu seu nome.

Finalmente chegamos no Hotel Metropolitan onde iremos nos hospedar e passar uns dias para que meus amigos conheçam melhor, a “ Cidade Verde”, nome dado a capital pelo escritor maranhense Coelho Neto, em virtude da quantidade de árvores nas avenidas e ruas. Eles ficaram encantados com o Hotel que é de cinco estrelas, tem cozinha internacional, elevador panorâmico, restaurante na cobertura com mirante permitindo a vista de Teresina num ângulo de 360 graus, american bar, piscina, sauna, academia, 119 apartamentos e cinco suítes. Apesar de todo o conforto pretendemos ficar pouco tempo entre paredes porque os visitantes não querem perder um minuto sequer desse precioso tempo na cidade que é também conhecido pelo codinome “Chapada do Courisco”, pela quantidade de seqüência de descarga elétrica que recebe.

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Parte 40 do Livro “O Quinto” que está em fase de produção e sendo transcrito para o Recanto na proporção que escrevo. Teresina – Parte 41.

Maria Dilma Ponte de Brito
Enviado por Maria Dilma Ponte de Brito em 15/07/2012
Reeditado em 15/07/2012
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