Diário de viagem I
 
Os viajantes e turista que querem conhecer uma terra estranha, devem primeiramente procurar conhecer um pouco da sua história,  o costume do povo, a sua geografia  e determinar o que é mais importante ver e observar para obter o máximo aproveitamento de onde vai conhecer.
Quem viaja para a Itália e visita suas principais cidades e seus muitos pontos turísticos, fica impressionado pela quantidade de turistas que de todas as partes do mundo vão até lá conhecer suas belezas e cultura.
 É uma verdadeira Torre de Babel pela diversidade de línguas faladas por quem a visita.
Por ser berço da civilização ocidental, a Itália guarda em seus museus e monumentos, em cada esquina que tenha uma obra de arte um pouco da história do mundo.
Houve época em que a Igreja Católica, possuindo grandes latifúndios, começou a ter suas terras invadidas pelo povo que estava em guerra com os lombardos, de uma região da França atual, por aqueles que não tinham onde plantar, pelos que não tinham teto, correspondendo atualmente à mesma situação vivida pelos camponeses que vivem no Brasil que invadem fazendas.
No século oitavo, Pepino, o Breve, pretendente ao trono que também era reivindicado por outros, uniu-se ao Papa Zacarias que o consagrou ao trono, em troca da proteção pelos seus exércitos. Mais tarde, o Papa Estêvão III,
ungiu Pepino, em cerimônia na qual lhe foi concedido o título de Patrício dos Romanos.
Nessa época já não havia a hegemonia dos romanos e proliferavam os ducados e principados nos governos de cidades e regiões.
Pepino, O Breve, submeteu a todos com seus exércitos, mantendo o patrimônio católico.
Seu filho Carlos, O Magno, herdeiro do trono, ampliou a aliança católica e transformou cada igreja em espécie de museu e consolidou o feudalismo europeu, unindo a França, a Alemanha e a Itália e tentou ainda, reunir a Espanha Muçulmana, não tendo contudo, obtido êxito em sua empreitada.
Até hoje, entretanto, nas igrejas, vê-se preservado o patrimônio artístico, apesar das diversas  guerras ocorridas no continente europeu.
Hoje, quem visita o Vaticano e entra na Catedral de São Pedro ou na Capela Sistina, encontra obras de inestimáveis valores, tais como as pinturas de Rafael, Leonardo da Vinci, Botticelli, Bernini, Pietro Perugino e Miguel Ângelo, entre outros.
O turista, na Capela Sistina, se não tiver uma visita orientada, deve primeiramente ler sobre as pinturas do teto e seus autores porque o teto, projetado por Miguel Ângelo e balizado por oito pares de colunas,  nos quais os quadrantes foram pintados por autores diferentes, versam sobre os seguintes temas bíblicos:

  • Deus separando a luz das trevas;
  • Deus criando o Sol e a Lua;
  • Deus separando a terra das águas;
  • A criação de Adão;
  • A criação de Eva;
  • O pecado original e a expulsão do Paraíso;
  • O sacrifício de Noé;
  • O dilúvio universal.
É bom lembrar que o nome Capela Sistina se deve em homenagem ao Papa Sixto IV que mandou reformar a capela original que se chamava Capela Magna e é nas dependências da Capela Sistina que ocorrem as reuniões dos cardeais para a eleição dos papas.
Pelo incentivo dos mecenas e da própria Igreja Católica temos nas igrejas esse patrimônio inestimável que todos devemos procurar conhecer, mas não podemos nos esquecer que tudo isso não existiria se não houvesse a visão cultural de Carlos Magno e a preservação que a Igreja tem com eles.