INTERROGAR PARA NÃO ESTAGNAR...
Fiz algumas interrogações ontem sobre a rudeza e a informação, difícil universo para situar uma possível e menor ansiedade com relação a ser feliz e depurar ansiedades e a doença do século passado tardio e o que se inicia, com consequência ainda sem quantificação. E por quê?
Para motivar o pensamento, embora já saiba um pouco, por pesquisa pessoal, sendo quase óbvia a resposta. Lancei questionamentos sobre a "ideia" para avaliar, compartilhando o tema. Chama-se "paideia" o processo. Somente um leitor considerou em comentário.
Nesse método explicitado incide a “paideia”.
O QUE É PAIDEIA?
Já escrevi sobre tanto aqui neste espaço.
Assim era antigamente, desta forma se erigia a educação, e continua o processo para a didática efetiva, ou não se é professor de nada, sem querer ser mestre, ou para nada se colabora em educação.
A “Paideia” é a permanente movimentação da formação do homem sob o aspecto educacional, interrogando e instigando o processo evolucionista de pensar o novo.
Nos vem do grego essa idéia de formação que persegue a discussão efetiva do conceito do que melhora e avança. Motiva a liberdade de pensar Kantiana e contemporânea.
A “paideia” situa-se na liberdade de contrariar o mestre responsavelmente, interrogando, questionando a posição do mestre e as outras posições expostas por ele, já sedimentadas culturalmente.
Heidegger sinalizava que a “paideia” era um “exercício de amor à humanidade”.
Por que assim se manifestava o grande pensador? Por estar nos padrões de liberdade responsável o alcance de novos caminhos que possam melhorar o discurso educacional. Parte do questionamento pessoal ao que está estabelecido como definitivo, para revolucionar, mudando e reformulando pelo convencimento que suplanta o que seria padrão. Por isso, por buscar a superação, é no entendimento do filósofo “amor à humanidade”.
Que seria da humanidade sem as conquistas novas do pensamento que nos chegaram pelo questionamento, por interrogar?
O mestre não é um simples mensageiro do conhecimento, é e deve ser sempre um motivador do surgimento do debate inquisitorial, de uma ideia que se debate, já posta ou não.
Nada teríamos de avanço na humanidade, passo nenhum se daria avante, doutrina alguma se ventilaria, se alargaria, mergulharíamos nas profundezas da estagnação, o pensamento involuiria, não fosse o questionamento.
Isto é a “paideia”, um motor pessoal de investigação interrogativo-educacional que motiva, discute e distingue novos rumos através da interrogação.
Quase uma “maiêutica” socrática (pura e essencial interrogação) no campo pessoal, interrogando para situar o interior velado, a “paideia” é a interrogação coletiva, da sociedade, permanentemente, que faz o homem sair da estagnação medíocre para os avanços dos pensamentos que melhoraram a sociedade.