Coração ou placa-mãe?
Mês passado estive em um churrasco com pessoas íntimas, o típico cheio de bebedeira, risadas e toda aquela bagunça gostosa capaz de mudar a cara de qualquer domingão parado. Nisso, colocaram um DVD com uma apresentação do grupo teatral Os Melhores do Mundo - Muito engraçados, por sinal - para descontrair e mesmo ocupar quem não estivesse batendo papo.
Nisso, fiquei observando as pessoas ao meu redor, e vi que dentre todas, uma delas simplesmente parecia não estar lá. Não por vontade própria, pelo menos. A dita cuja, a qual não vou dizer o nome para não a constranger (Mentira, é porque o nome é que faz a fofoca mesmo) desde a hora que sentou na mesa até a hora que levantou para ir embora, não esboçou um sorriso que não parecesse forçado.
Que me perdoem os revoltadinhos, mas sinto informar que uma cara amarrada não vai te teletransportar magicamente para a sua casa. Hoje as pessoas agem tanto no "modo automático" que desaprenderam como é se divertir. Não sabem mais bater um papo cheio de assuntos bobos com os amigos, ou esquecer de verdade do emprego depois do expediente. Esqueceram que gargalhar com quem se ama não dói.
Não sei você, mas eu nunca aprendi a lidar com pessoas que mais parecem ter circuitos que veias. E nem quero. Prefiro estar perto de quem não tem medo de ser feliz. Que chora de rir, que dança mesmo sem fundo musical. Que pula, que grita, que canta. Ora, que coisa. Gosto de estar com gente que sabe ser gente.