A INVEJA....DE NOVO.
Li ontem um colega do recanto falar em doença da sociedade, falta de interlocução isenta, frieza nas relações interpessoais, exibicionismo sem nenhum fundamento ou proveito próprio ou de terceiros como informação, o que se conhece por livros, viagens, estudos.
Quanto aprendemos por ouvir quem tem algo a nos dizer, seja aonde for, e que bom que todos que podem compartilhassem, passassem informação, válida, sem quererem exibir o que não sabem, o que não teem, o que não fazem. Li ontem em textos jurídicos, acessado por curiosidade, verdadeiras calamidades....
Isso é ausência de solidariedade, vontade fria de aparecer pura e simplesmente,desinformando, deu um passo a frente e acha que chegou ao fim do caminho, longo e árduo, e há o pior, invejar o outro que pode estar melhor que você, no que pensa, em bens, espiritualmente, em desejos realizados e conhecimentos.
Surge enfim e de novo a maldita inveja. Ela está em todos os lugares, nos espíritos baixos.
Ontem fui ao banco comprar moeda, não vou a bancos, tenho minhas contas, todas, com desconto em conta corrente. Mas vez ou outra precisamos ir, fui comprar moeda estrangeira, entrei na fila.
Brasileiro curte esse “mico”, ficar em fila, incrível, para pagar contas curriculares, luz, telefone, etc.Uma certa limitação.
Não devemos assumir o risco de fazer tudo pela internet (o que minha filha, gerente de tecnologia da Embratel acha graça), dando publicidade de dados na antena, com todas as senhas de segurança, o que não reduz a enorme clientela por violações na justiça, nem encarar filas de banco com a possibilidade de desconto em conta corrente. Brasileiro gosta de fila...na Europa isso não acontece.
Estava eu com uma camisa discretamente escrito Positano, a maravilhosa pérola da Costa Amalfitana, vizinha de Maratea e Ossomarchio, onde nasceram meus ascendentes e de minha mulher.
Uma senhora na fila, logo na minha frente, disse: conheço esse lugar, o senhor conhece, respondi, hein(?), para evitar essa interlocução sem sentido. Ela insistiu, o senhor conhece ou não(?), por duas vezes! Era um interrogatório....não tive dúvidas. Falei, BASTANTE, CONHEÇO BASTANTE,MEUS PARENTES SÃO DE SUAS PROXIMIDADES, vou na Itália com frequência.
Parece que ficou incomodada com minha resposta, deve ter achado pedante.... Resmungava para a que estava a seu lado que gostava do Brasil, que era cristã, que não precisava de bens, de fazer viagens, uma coisa estranhíssima.
Deitou a falar seus conhecimentos sobre a Europa com a outra senhora. E voltou a me incomodar. Quase fui embora... E me questionou de novo sobre isso. Fiquei quieto. Insistiu de novo. Quando já estava incomodando absurdamente de tanto assédio, pura falta de educação, logo que não me conhecia, e sem intimidade para questionamentos, e pior, era feia, velha e chata, dei dois ou três cheques-mates nela, cala-boca geral. Ficou entupida, não falou nem perguntou mais.....nem podia, queria se exibir como conhecedora disso e daquilo...sem poder.
Que o faça, mas não incomode os outros,tenha mínima educação, tinha que ser fila de banco...
É a tal doença social, todos querem ser ou estar além do que são ou estão.
Por quê?
Ninguém fica diminuído em nada por qualquer motivo vão, posses, condições gerais, etc, já que é abençoado pela vida saudável e sem fronteiras, vivendo nas suas largas veredas sem restrições relevantes, vida, sagrado direito propiciado, forrado de alegrias se afastados os pecados capitais, do “caput”, da cabeça, desde um churrasco no quintal, no abrigo da família, até faustos de festas de luxo. Tudo na certeza da sinceridade de protagonizar a vida que se vive, sem amarguras e depressões indevidas, como ir nesse ou naquele lugar, conhecer e saber mais isso ou aquilo, ter mais ou menos bens, privar de amizades prazerosas, poder realizar esses ou aqueles desejos.
Tudo isso não passa de circunstâncias que não alteram a felicidade e o maior bem da vida, viver segundo suas faculdades e limites, e ter saúde. E hoje todos têm acesso a tudo, viagens inclusive, o crédito no Brasil alargou-se e muito..
Essa a grande doença social, não se ajustar ao que Deus nos deu.