Ninguém é de ferro...

Acordar com uma agenda cheia de compromissos, correria desenfreada, mal despertar e já ter que depressa tomar o café, sair para iniciar o dia, chegar ao trabalho com enorme responsabilidade, ouvir queixas, sim ouvir, pois o tempo nos tráz a certeza que muitas vêzes é mais importante escutar do que ficar falando, falando com a falsa impressão que sabemos tudo, assim termino aquela etapa do dia lembrando que com a experiência, tal qual o jogador veterano do time que ao invés de ficar correndo atrás da bola, gastando energia, é mais produtivo "fazer a bola correr".

Assim de um lugar ao outro sigo em frente consciente que é impossível agradar a todos, mas é necessário estar certo de estar o tempo todo fazendo o que de melhor se poderia fazer.

Viajo por atividades diverssas, sendo como médico atendendo consultas, fazendo procedimentos cirúrgicos, confesso que atualmente tenho deixado os casos mais complexos para colegas mais novos, com outro "pique" de trabalho e com uma curva de aprendizado diferente, não é uma decisão fácil a de reduzir o ritmo de trabalho, ainda intenso, mas sem tanto "stress" provocado pelas cirurgias a qualidade de vida fica favorecida.

Parte do dia considerável dedico a atividade de gestão, sempre gostei de participar de decisões administrativas, exercito este lado do cérebro, com esta atividade apesar de extrema responsabilidade, sinto-me bastante a vontade, exercendo com um enorme prazer.

Termina o dia, leio as notícias do Fluminense, abro uma cerveja gelada,

brinco com o cachorro, escrevo algum texto, ora, também ninguém é de ferro...