SE EXPOR.... ESCREVENDO.

Vejo inúmeras pessoas confessarem desencantos, desilusões, vontades insatisfeitas. É nossa exposição normal na ambiência em que vivemos;sociedade.

A vida em vários momentos desenha uma certa tristeza, inexplicável, um ocaso indefinido, um poente sem nascente, mesmo naqueles que nada podem da vida criticar, vida que retornou benefícios humanos.

Incógnitas....existem razões....

Nos ambiciosos a inesgotável fonte de ser ou ter mais....

Nos pretensiosos o engano do que não conseguem nem conseguirão, mas insistem..

Nos desiguais o perfil insano de quererem a igualdade, mera retórica, quando a repudiam...

Nos omissos o discurso da colaboração realizada...inverdadeira....

Nos ausentes de amor o desamor escondido e que fez ou faz sofrer, de alguma forma, intensamente, o próximo mais próximo, ou aquele um pouco mais distante....

E assim vão vivendo, mudando, morrendo. ....

Neste formidável acervo de almas, Recanto das Letras, formidável por nele serem expostas emoções, pois escrever é se revelar, expomos o que somos. Assumem as pessoas o que são, pois tudo o que se escreve é tranquila exposição do que somos. E deve ser assim, só não se expõe quem tem algo a esconder.

Escrever é se expor, mesmo que em padrões ficcionais. Lá estão nos personagens nossos traços, marcados como o ferro em brasa marca. Isto é primário e decorre da literatura como registro de história, de todos que escrevem algo, até mesmo no acanhamento de um site como esse.

Já disse muito de minha vida em crônicas. Realidade vivencial, mais me expor seria difícil. Mas minha vida, como a de todos, é de exposição, e a minha é e foi pública. Continua pública, embora isso não me faça jubiloso, ser conhecido um pouco mais por decorrência da vida. E me exponho na atividade que desenvolvo e desenvolvi, mas como o universo inteiro, no meu círculo de amizades, nas projeções de minha vida vivida. Na minha família como um todo.

Sem exceção sabem como me comporto com minhas obrigações perante a sociedade e a família.

Quem não se expõe não vive, está cerrado em seu interior ou em algum claustro, como doente ou monge. É inerente da vida, de viver, se expor. Todos nós estamos expostos permanentemente, escrevendo para um pequeno círculo como esse ou não. Nossa vida é de permanente exposição.

Pela exposição desenha-se o perfil do exposto, e nem mesmo quem não se expõe, em site como esse, deixa de estar exposto.A vida é eterna exposição. Todos que leram algo de mim e tornaram-se amigos virtuais conhecem meu perfil, o que faço, o que gosto, como sou. E minhas portas estão abertas para todos que queiram pessoalmente me conhecer. Ratificarão minha exposição. Nossa desilusão com fatos da vida, circunstâncias e ocorrências que frustram, são normais, e podem existir desilusões nos que vierem a me conhecer pessoalmente. Minha exposição não me traz desilusões, sei como enfrentá-las.

Escrevi minha vida toda me expondo fortemente, marcando conflitos de interesses com minha posição encerrando o conflito. Milhares de posições. Mas uma exposição para todos, marcante para mim, a mais marcante, figura em livro que escrevi por força do destino. Nele estou absolutamente exposto, muito mais do que tudo que produzi como profissional e consta de livros. E figura permanentemente na vitrine da mais importante livraria de Niterói, onde moro,com expressivas vendas, e no Rio em livraria de vulto.

Não há como se expor mais, e é exposição que me dá muita alegria, pois os recursos destino para obras assistenciais.

Nada mais fazemos na vida do que nos expormos, para ter uma imagem do bem ou do mal.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 11/07/2012
Reeditado em 17/07/2012
Código do texto: T3772805
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