Como Transformar a Preguiça em Sucesso
Descobri, desde cedo, que tinha um grande talento para a preguiça. Lembro-me de levar as primeiras broncas nesse sentido. No entanto, fui descobrindo, aos poucos, que aquele hábito não me conduziria a lugar algum.
Tendo uma infância feliz, deixava os brinquedos esparramados. Percebi que não era uma boa iniciativa. Os adultos, descuidados, acabavam esmagando-os com seus pés quebrando-os e deixando-me desconsolado, quando não faziam pior: arrumavam-nos de qualquer jeito e, assim, meus quebra-cabeças preferidos iam perdendo peças pelo caminho tornando-se inúteis. Ser preguiçoso não era um bom caminho, então, fui aprendendo, para não sofrer perdas, a ser organizado.
Um dos meus hábitos era chegar da escola e deixar os tênis, as meias, a mochila e o uniforme pelo caminho. De tanto minha mãe gritar ao ouvido – o que era bastante inoportuno – e de contar para os outros, fui corrigindo e logo descobri que havia cesto de roupas, armário e sapateira. Minha vida, ao passo que eliminava a preguiça, foi ficando mais fácil.
Comecei a virar um organizado por preguiça. Desenvolvi o hábito de arrumar o material escolar no dia anterior para não mais me atrasar para a escola, de deixar os livros em seu lugar na ordem alfabética e de anotar o que precisava fazer para não esquecer nada. Ainda tentava, através da psicocinese, mover objetos com o pensamento evitando o trabalho de voltar um livro para a estante, por exemplo. Como o esforço na tentativa era inútil, além do desperdício de tempo, passei, eu mesmo, a colocar de volta os livros e ganhei tempo.
Fui aprendendo que não perder tempo é uma das mais valiosas coisas na vida e, a partir do momento que sempre passei a deixar a carteira e as chaves em um mesmo lugar, nunca mais tive a impressão de que se escondiam deliberadamente de mim.
Hoje sou tido como extremamente diligente e organizado. Quando alguém me elogia por isso, deito-lhe um olhar ressabiado que diria o seguinte:
- Sou assim por mérito da minha preguiça!
Descobri, desde cedo, que tinha um grande talento para a preguiça. Lembro-me de levar as primeiras broncas nesse sentido. No entanto, fui descobrindo, aos poucos, que aquele hábito não me conduziria a lugar algum.
Tendo uma infância feliz, deixava os brinquedos esparramados. Percebi que não era uma boa iniciativa. Os adultos, descuidados, acabavam esmagando-os com seus pés quebrando-os e deixando-me desconsolado, quando não faziam pior: arrumavam-nos de qualquer jeito e, assim, meus quebra-cabeças preferidos iam perdendo peças pelo caminho tornando-se inúteis. Ser preguiçoso não era um bom caminho, então, fui aprendendo, para não sofrer perdas, a ser organizado.
Um dos meus hábitos era chegar da escola e deixar os tênis, as meias, a mochila e o uniforme pelo caminho. De tanto minha mãe gritar ao ouvido – o que era bastante inoportuno – e de contar para os outros, fui corrigindo e logo descobri que havia cesto de roupas, armário e sapateira. Minha vida, ao passo que eliminava a preguiça, foi ficando mais fácil.
Comecei a virar um organizado por preguiça. Desenvolvi o hábito de arrumar o material escolar no dia anterior para não mais me atrasar para a escola, de deixar os livros em seu lugar na ordem alfabética e de anotar o que precisava fazer para não esquecer nada. Ainda tentava, através da psicocinese, mover objetos com o pensamento evitando o trabalho de voltar um livro para a estante, por exemplo. Como o esforço na tentativa era inútil, além do desperdício de tempo, passei, eu mesmo, a colocar de volta os livros e ganhei tempo.
Fui aprendendo que não perder tempo é uma das mais valiosas coisas na vida e, a partir do momento que sempre passei a deixar a carteira e as chaves em um mesmo lugar, nunca mais tive a impressão de que se escondiam deliberadamente de mim.
Hoje sou tido como extremamente diligente e organizado. Quando alguém me elogia por isso, deito-lhe um olhar ressabiado que diria o seguinte:
- Sou assim por mérito da minha preguiça!