DITADOR MODERNO

O país comemora com sofrimento o fim da ditadura, afinal, “morrera, ou mataram,” pergunta que se faz até os dias atuais, o líder do maior movimento democrático da nossa historia. Está instalada a Nova “Republica.” O sonho de liberdade leva o povo sofrido e cansado da longa espera, a depositar num governo ligado a antigos opressores, toda sua confiança. Vai às ruas, se torna fiscal, é o nascimento do Cruzado, instaura no país um enorme clima de euforia, o poder aquisitivo aumenta, a inflação cai, ou devido ao congelamento, se oculta num imaginário barril de pólvora; e quando o sonho de uma nação é quase realidade, o barril explode, jogando para o alto os mais altos índices inflacionários. Cai o mágico Ministro, o vendedor de ilusões. É o fim do cruzado. O governo enfraquecido, medíocre e incapaz, procura o seu “bode expiatório”, o empresariado. Que por sua vez aponta a incompetência do presidente. O povo a essas alturas é mero espectador do grande duelo entre governo e multinacionais. São cinco anos de bandalheira e desgoverno. A ciranda de ministros, parece não ter mais fim, a incompetência maior tamanho.

A nação se apega ao sonho de eleger pelo voto direto o seu próximo presidente, apesar de temer um golpe de estado. A campanha presidencial ganha as ruas. A mídia indica o produto, o rotulo agrada, a nação compra. É o seu voto de confiança, desespero e protesto, num desconhecido projetado com “matéria paga” CASSADOR DE MARAJÀS.

Menos de dois anos, foi o tempo necessário para se ver atropelada a constituição, cassados dos cidadãos direitos adquiridos, ignorados poderes constituídos, desacreditadas as instituições, aumentada a miséria, sucateado o estado, achatados os salários, aumentada a corrupção, esquecidos valores éticos e morais e mais e mais e muito mais. Por tudo isso o povo descobre que apenas trocou o presidente do: “brasileiras e brasileiros”... Pelo presidente do: “minha gente”..., descobre que em nome da democracia, elegeu um ditador. Um DITADOR moderno