Memórias 1 - 09/07/2012
Era uma segunda feira a noite e o frio era insuportável! Ainda sinto o arrepio que suas mãos geladas provocaram em minhas costas. Ele trouxe uma garrafa de Whisky barato, acabei-me por pedir desculpas por termos que tomar a cowboy, sempre me esqueço dos cubos de gelo.
Suas mãos continuavam geladas e eram elas mesmas que enrolavam seu vício, e eventualidade. Depois de algumas prensadas meu corpo já falava por si só, e ele entendia cada palavra não verbalizada. Suas mãos, agora quentes, seguravam minhas coxas com a brutalidade que o auge da sua testosterona pedia. Sim, nós sabíamos deixar nossos pudores em outras esquinas.
Seus braços eram fortes apesar da falta de exercícios, mas não aguentaram a exaustão de seu corpo que pendia sobre o meu confundindo nossos batimentos cardíacos. Nossa!! Como era necessário que o tempo se desdobrasse para abarcar a urgência do nosso encontro.
Dei mais uma tragada em nossa bebida sem me deixar render, não nos rendíamos. Seu olhar me desfiava, e num jogo de pernas aceitava o desafio controlando a pulsação do jogo, o gozo.
Hoje essa ardência se encerra apenas em minhas memórias, as quais minhas frágeis mãos, muito outrora viva em seu corpo, transporta a essas nostálgicas páginas.