CAINDO NA REDE... SOCIAL !
Modernismo Tecnológico
Vida de stress essa do modernismo tecnológico... O computador, o notbook, celulares de última geração e outras parafernálias mais... que prometem aproximar cada vez mais, os seres humanos uns dos outros; tornaram-se ferramentas indispensáveis para se viver em plenitude e satisfação, hoje em dia...
Cris (nome fictício) é uma dessas assíduas freqüentadoras da rede social mais conhecida, a do Facebook.
Mal desponta o Sol na fresta da vidraça e ela desperta... O coração aos pulinhos ante prevendo as novidades na telinha, ao mesmo tempo em que premedita comentários e novos posts nos murais de seus contatos.
E tudo é ligeiramente arquitetado em sua cachola fértil: Os kkkkkks imprescendíveis para forma um clima de descontração... As entradas fatais... Os tiros de letras... As respostas na ponta dos dedos....
Desnecessário dizer que ela fez plantão no Face das 8:00 da noite anterior até às 4:00 horas da madrugada com intervalos irregulares durante o dia para descanso.
O tempo urge... Os afazeres preliminares e inadiáveis do dia, uma rápida escovada nos dentes... Pente no cabelo? Deixa pra depois... e glut glut, uma bebericada no café queimando a língua, pois não há tempo a perder... Enquanto que mais tarde o arroz fatalmente queimará na panela...
Os olhos atentos pra não dizer esbugalhados em direção à telinha do computador, pois ela não admite perder um só lance...
Ocupação cotidiana que invadem de uma estranha plenitude e realizações interiores, essa dos que caem na rede! Rede Social !
E existe todo um esquema predeterminado de ações e reações: Posto uma mensagem, uma foto e tal qual se espera o peixe morder a isca, aguarda-se quase no estupor da ansiedade controlada, um “curtir”, um “comentário” ou mais raramente “um compartilhamento”; ações essas sempre acompanhadas de uma sensação de ser visto e ser lembrado e não raro, correspondidas com um “curtir” ou retribuição de “comentário” sempre gentil, é claro (ou quase sempre), na medida da interpretação ou da receptividade de quem as lê; bem como não raro, acompanhadas de um sonoro e escancarado: kkkk ou mesmo um sutil e discreto: rsrsrs.
Estranho mundo esse da internet que nossos avós não conheceram, mas em cujo habitat parecemos nos encaixar tão bem... Como se já estivéssemos com nossa mente programada para sobreviver entre os seres virtuais.
Tornou-se um ritual cotidiano para milhares de internautas...
Grupinhos virtuais de amigos, de desafetos, de indiferentes, simpatizantes ou outros mais, que existem em nossos subconscientes que substituem mecanicamente o bate-papo frente a frente com os amigos do dia a dia a perder o contato pelos dias que já nem os vemos mais.
E eu cismo com meus botões: O que haverá por trás de todo esse mecanismo que nos afasta da realidade e ao mesmo tempo nos aproxima tanto no mundo virtual a ponto de nos fazer mergulhar no desesperado vício da procura de correspondência humana? Provavelmente nossos conflitos íntimos quando a própria sociedade moderna que violenta nossas sensibilidades, ofereceu condições para que tais conflitos fossem proliferados em nossos cérebros e corações... E que em forma seqüencial se encontram refletidos e divididos em posts e mensagens cuidadosamente trabalhadas para atingir o importante objetivo:
O ser humano que está do outro lado da telinha... A Janela para o Mundo (Claro que de vidraças para nos proteger-nos do outro!). E proteger de que? A resposta está no fundo do poço de desconfianças no qual foram atirados nossos mecanismos de defesa inconscientes, num mundo onde a sobrevivência do ego se tornou necessária e primordial.
Ilustrando um desses contratempos que ocorrem freqüentemente nessa selva de chips, outro dia, me envolvi num desentendimento, cujos detalhes são de pouca importância nesse episódio de meu mundo virtual, mas por estratégia ou por cuidado não antecipado; excluí da minha lista de amizades, minha querida e maluquinha amiga Cris...
Pra que???? ... Foi o caos!!! Minha fiel e inseparável amiga passou toda a madrugada roendo as unhas no teclado sem entender o porquê da minha atitude... Não consegui explicar a tempo...Meu cérebro fervilhando de indignação pelo fato ocorrido, pois alguém pouco dotado de educação, ofendeu gratuitamente e direta e indiretamente a nós duas, mas antevendo o que poderia causar na cabecinha dela, eu tontamente procedi à minha providência de exclusões... Resultado: Só consegui falar com ela na manhã seguinte... e lá se foram mais de 4 horas no celular entre consolos, explicações e reatamento da relação em nome da nossa amizade, agora mais fortalecida de juras e promessas de sinceridade.
A reflexão sobre tais ações e reações que ocorrem nesse estranho e doido mundo virtual me inspiraram a escrever essa crônica e aos poucos pude perceber que mesmo estando do outro lado da telinha em comunicação artificial uns com os outros nesse grande universo tecnológico em que vivemos; o ser humano não perdeu a sua mais íntima e primordial necessidade “do outro”, do carinho e da atenção dos seus semelhantes e que mesmo que chegue o dia em que a tecnologia moderna de hoje se transforme em coisa do passado... Mesmo que num futuro distante quando o homem terá a Lua como opção de habitat e sobrevivência, nem assim a distância será obstáculo para a aproximação entre os seres humanos, cuja mais essencial necessidade está fundamentada em sua própria natureza Humana: A necessidade de convivência, de ser aceito, de amar e ser amado.
Caiu na rede???... É gente !!!
Sirley Vieira Alves
Cris (nome fictício) é uma dessas assíduas freqüentadoras da rede social mais conhecida, a do Facebook.
Mal desponta o Sol na fresta da vidraça e ela desperta... O coração aos pulinhos ante prevendo as novidades na telinha, ao mesmo tempo em que premedita comentários e novos posts nos murais de seus contatos.
E tudo é ligeiramente arquitetado em sua cachola fértil: Os kkkkkks imprescendíveis para forma um clima de descontração... As entradas fatais... Os tiros de letras... As respostas na ponta dos dedos....
Desnecessário dizer que ela fez plantão no Face das 8:00 da noite anterior até às 4:00 horas da madrugada com intervalos irregulares durante o dia para descanso.
O tempo urge... Os afazeres preliminares e inadiáveis do dia, uma rápida escovada nos dentes... Pente no cabelo? Deixa pra depois... e glut glut, uma bebericada no café queimando a língua, pois não há tempo a perder... Enquanto que mais tarde o arroz fatalmente queimará na panela...
Os olhos atentos pra não dizer esbugalhados em direção à telinha do computador, pois ela não admite perder um só lance...
Ocupação cotidiana que invadem de uma estranha plenitude e realizações interiores, essa dos que caem na rede! Rede Social !
E existe todo um esquema predeterminado de ações e reações: Posto uma mensagem, uma foto e tal qual se espera o peixe morder a isca, aguarda-se quase no estupor da ansiedade controlada, um “curtir”, um “comentário” ou mais raramente “um compartilhamento”; ações essas sempre acompanhadas de uma sensação de ser visto e ser lembrado e não raro, correspondidas com um “curtir” ou retribuição de “comentário” sempre gentil, é claro (ou quase sempre), na medida da interpretação ou da receptividade de quem as lê; bem como não raro, acompanhadas de um sonoro e escancarado: kkkk ou mesmo um sutil e discreto: rsrsrs.
Estranho mundo esse da internet que nossos avós não conheceram, mas em cujo habitat parecemos nos encaixar tão bem... Como se já estivéssemos com nossa mente programada para sobreviver entre os seres virtuais.
Tornou-se um ritual cotidiano para milhares de internautas...
Grupinhos virtuais de amigos, de desafetos, de indiferentes, simpatizantes ou outros mais, que existem em nossos subconscientes que substituem mecanicamente o bate-papo frente a frente com os amigos do dia a dia a perder o contato pelos dias que já nem os vemos mais.
E eu cismo com meus botões: O que haverá por trás de todo esse mecanismo que nos afasta da realidade e ao mesmo tempo nos aproxima tanto no mundo virtual a ponto de nos fazer mergulhar no desesperado vício da procura de correspondência humana? Provavelmente nossos conflitos íntimos quando a própria sociedade moderna que violenta nossas sensibilidades, ofereceu condições para que tais conflitos fossem proliferados em nossos cérebros e corações... E que em forma seqüencial se encontram refletidos e divididos em posts e mensagens cuidadosamente trabalhadas para atingir o importante objetivo:
O ser humano que está do outro lado da telinha... A Janela para o Mundo (Claro que de vidraças para nos proteger-nos do outro!). E proteger de que? A resposta está no fundo do poço de desconfianças no qual foram atirados nossos mecanismos de defesa inconscientes, num mundo onde a sobrevivência do ego se tornou necessária e primordial.
Ilustrando um desses contratempos que ocorrem freqüentemente nessa selva de chips, outro dia, me envolvi num desentendimento, cujos detalhes são de pouca importância nesse episódio de meu mundo virtual, mas por estratégia ou por cuidado não antecipado; excluí da minha lista de amizades, minha querida e maluquinha amiga Cris...
Pra que???? ... Foi o caos!!! Minha fiel e inseparável amiga passou toda a madrugada roendo as unhas no teclado sem entender o porquê da minha atitude... Não consegui explicar a tempo...Meu cérebro fervilhando de indignação pelo fato ocorrido, pois alguém pouco dotado de educação, ofendeu gratuitamente e direta e indiretamente a nós duas, mas antevendo o que poderia causar na cabecinha dela, eu tontamente procedi à minha providência de exclusões... Resultado: Só consegui falar com ela na manhã seguinte... e lá se foram mais de 4 horas no celular entre consolos, explicações e reatamento da relação em nome da nossa amizade, agora mais fortalecida de juras e promessas de sinceridade.
A reflexão sobre tais ações e reações que ocorrem nesse estranho e doido mundo virtual me inspiraram a escrever essa crônica e aos poucos pude perceber que mesmo estando do outro lado da telinha em comunicação artificial uns com os outros nesse grande universo tecnológico em que vivemos; o ser humano não perdeu a sua mais íntima e primordial necessidade “do outro”, do carinho e da atenção dos seus semelhantes e que mesmo que chegue o dia em que a tecnologia moderna de hoje se transforme em coisa do passado... Mesmo que num futuro distante quando o homem terá a Lua como opção de habitat e sobrevivência, nem assim a distância será obstáculo para a aproximação entre os seres humanos, cuja mais essencial necessidade está fundamentada em sua própria natureza Humana: A necessidade de convivência, de ser aceito, de amar e ser amado.
Caiu na rede???... É gente !!!
Sirley Vieira Alves