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Vento no Peito 
 
 
                            Senti uma inquietude no peito, bem próximo à agonia. Saí e vi. Pude presenciar o vento chegando ao coqueiral.
                            Veio serpenteando, de baixo pra cima. De cima pra baixo, na horizontal, na vertical! Estava ansioso. O vento parecia nervoso.
                            Atrás dele vieram as nuvens em tons de cinza, fazendo sua cena assustadora. Impondo toque de recolher. Momento de minimizar e se abrigar.
                            Meu amigo vento tentou espantar a tempestade, fazendo soar alto sua canção de poder. Por uns minutos, ela assentiu. Subiu, um pouco. Ficou parada no alto, observando... Discretamente roncando.
                            Voltei ao peito. Parecia, ainda mais, inquieto... Tinha que ouvir, sentir, intuir o recado do amigo vento. Há muito, nos tornamos aliados. Inúmeras vezes, ele me socorreu. O sofrimento interrompeu, com seus discursos diretos e contundentes.
                            Apesar de sua ferocidade, sinto-me seguro ao seu lado. Talvez, um pouco, invejando sua determinação, sua concentração. O que dizer de sua objetividade?
                           São-me claras, sua relevância e sua liderança, dentro do encantado, do inexplicável, do mágico, do ávido!


Continua, literalmente, em poesia, no link abaixo:
http://claudiopoetaitacare.blogspot.com.br/2012/07/vento-no-peito.html

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Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 09/07/2012
Código do texto: T3768873