AMOR PERFEITO

e souza

Everaldo, marido exemplar e pai dedicado, só tinha um pensamento depois de um dia de muito trabalho, voltar para casa, rever sua mulher e filhos, tem um casal, que deixara pela manhã. Acordava cedinho para cumprir mais uma jornada de trabalhos na fábrica de cervejas, mas não bebe uma só gota de álcool. Às vezes quebra esta rotina, tomando um vinho com a esposa. É casado há 18 anos, desde que se conheceram, envia flores para a esposa, só para quebrar a rotina cansativa que é cuidar da casa e dos filhos. Ele gostaria que ela trabalhasse fora, porém ela depois de formada em Comunicação Social (jornalismo), resolveu que queria mesmo ficar em casa cuidando dos filhos e ela quer ter mais, já que jornalista adora fazer filhos quando não está trabalhando. Ela faz tudo e está sempre sorrindo, é uma mulher que nasceu para aquilo e faz com maior gosto, tudo com amor. Ela chama sua casa de “canto dos meus amores”. A casa é decorada com fotos dos quatro, onde se entra, cada cômodo encontra-se fotos do casal e dos filhos. Em seu último aniversário de casamento ele a presenteou com um belo automóvel (usado), mas em excelente estado de conservação. Conta ele: aquela noite foi maravilhosa! Tudo era lindo, até que ele escorregou e prolongou uma conversa. Estavam sentados à mesa da cozinha tomando café da manhã, num domingo, antes de uma corrida de fórmula 1, que o piloto Aírton Senna, seria o pole. Sua mulher, dona Abigail perguntou. – Everaldo, se eu morresse você se casava outra vez? Everaldo, estranhou a pergunta, mas respondeu. – Claro que não!!! – Por que não? Não gosta de estar casado? – Claro que gosto! – Então??? – Mulher, mas que conversa é esta? – Casava ou não casava? – Não tem outro papo não? – Você disse que gosta de estar casado, então ia se casar com outra? – Claro que gosto de ser casado, mas... – Responde homem! – Tá bem, casava! Com um olhar magoado Abigail pergunta. – Casava? – Casava. Só porque foi bom com você... – Amor, você ia substituir minhas fotos pelas fotos dela? – É natural que sim. – E ela ia usar o carro que você me deu? E ele responde prontamente. – Claro que não. Ela não dirige.

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