Triste abandono...

Deitada na areia uma cachorrinha quase bebê encontrava-se agonizando.

Contemplei a cena e senti uma punhalada no peito.

Os transeuntes passavam e nem notava que uma vida se esvaia.

Fiquei rodando por ali sem saber o que fazer. Comecei a orar e pedir para São Francisco de Assis, que em nome de Jesus me desse uma luz.

Sabia da responsabilidade e pensava na minha saúde.

Não suportei, pois chamei a veterinária e ali começava todo um procedimento médico. Minhas lágrimas deslizavam pelo meu rosto, à medida que ia vendo os ossos pontiagudos.

A minha cachorrinha Pituca ficou com muito ciúme. A pequena tem apenas três quilos e dentinhos quebrados. Quando ela olha pra mim os olhinhos brilham como faróis.

Ela já está dentro do meu coração. Agradeço aos meus amigos da Espiritualidade Maior, por poder salvar mais uma vítima da insensatez do ser humano. Infelizmente, ainda existe uma parte da humanidade desumana e insensível. Naqueles momentos vivenciei o mundo dos abandonados e excluídos da sociedade.

A humanidade tem muito para caminhar e aprender. Só o amor e a dor ensinarão.

Amigos, meu sumiço se deve a luta pela vida deste pequeno ser, pois fico de hora em hora olhando, cobrindo aquele corpinho tão frágil e judiado.

Se Deus a colocou nas minhas mãos há de dar vida também.

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magda crovador
Enviado por magda crovador em 07/07/2012
Reeditado em 07/07/2012
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