Cuide Bem
Observo o tratamento indevido, que as pessoas dão à ausência. Impõem-na, a seus afetos, displicentemente. Como se ela não provocasse consequências, desgastes, conflitos... E, o pior de tudo: mágoa.
Parece-me que a mensagem de “O Pequeno Príncipe: tu te tornas responsável pelo que cativas”, está longe de ter sido assimilada. O que se vê é uma total e dispensável irresponsabilidade entre a humanidade.
Criou-se um equívoco, com relação à tolerância do ente querido. Exemplo: é muito comum ouvirmos alguém encher a boca pra dizer “ele é meu amigo, ele espera... Ou: ele é meu amigo, vai entender!”
Que triste sina que é ser amigo, né?! Tem que compreender tudo. Tem que aceitar tudo, sem direito a nada.
Penso o oposto. Meu amigo tem prioridade. É dele meu tempo, meu mais alto batimento, meu melhor sentimento. Faço questão de estar disponível! Tenho é que me controlar para não ficar muito em cima...
Toda ausência pesa. Seja de amigos, pais, família, ou a paixão. A afeição é uma roseira. Precisa ser regada, cuidada, assistida. Senão, nem vale a pena gostar.
Ter vivido momentos inesquecíveis, não serve para abastecer para sempre uma relação, seja ela qual for. É bom reforçar aqui, que momentos especiais, aqueles do tipo inesquecíveis são raros.
Se você tem pessoas que lhe fazem bem. Procure-as. Conviva mais. Dê-lhes mais atenção. Abra espaço, um espaço bonito para elas em sua vida. Cuide bem!
Dê valor, ao que tem valor!!!
Continua, em poesia, no link abaixo:
http://claudiopoetaitacare.blogspot.com.br/2012/07/cuide-bem-o-silencio-da-ausencia.html