O PROIBIDO DIARIO SEXUAL DOS HOMENS – XIII – PAGOU PRA TER

- Iu quem densi, iu quem rai, oh. Evri nada moveu laive... Uh uh uh, ci det guel, uatchu detu cini, diguin a densi cuuinnnn!!!

Isso que você nada entendeu agora, é simplesmente a mãe de Robertinho cantando Dancing queen, clássico do Abba, enquanto limpa a casa. E saber a letra correta da música, é algo totalmente dispensável. Mas tente cantar exatamente como está ali, e no ritmo – vai fazer sentido.

A festa de aniversário de Armandinho, que sim, eu já o chamei de Tavinho e nem tinha me dado conta, se aproximava. É que eu já sou confuso por natureza, daí coloco dois nomes em um garoto só, e os dois dá pra fazer diminutivo, aí ferrou né bicho! Mas Armandinho, Tavinho, que seja, você sabe quem é!

O fato é que a festa de aniversário dele se aproxima, e tem todo aquele negócio de ter que levar uma acompanhante, e advinha quem nosso amigo vai levar? Quem, quem, quem, quem? Vai convidar a prima é claro.

Ela deu uma pausa na ajuda, pois também estava limpando a casa com a tia. Robertinho encheu o peito e disse: - Eu preciso de um grande favor seu!

E era grande mesmo! Já to até imaginando aquele filminho de propaganda: ele pergunta pra ela, ela aceita sorrindo e os dois saem dançando por um jardim florido e perfumado. Ela nua e ele de casaco de lã(não sei porquê) e daí vem as letrinhas: “Veja Festa das Flores – leve sua prima Flora!” Ai que ridículo, mas juro que lembrei disto, e ali´pas, lembro cada vez que tenho que citar esta maldita guria. É Veja, a propaganda dá certo, e o produto todo mundo que é bom mesmo (merchan no).

Ele explicou baixinho e devagar, como se estivesse falando com seu cachorro. Ela entendeu entediada dessas burrices de garoto que quer se mostrar o bom, mostrar o que não tem.

- Cara, isso é a mesma coisa que eu ir na loja, pegar uma roupa na devolução, dizer que é minha, usar e no outro dia, devolver e não pagar nada por ela, saca?

(Saca não, soco, por que é isso que ele merece!)

Eles se olharam mais um pouco, ela entortou a boca, e quando ele tomou ar pra dizer que não precisava, ela topou, disse que sim, o acompanhava!

Agora vem cá, por que as mulheres fazem isso? Se vai, diz de uma vez que vai! Ai deixa o cara sofrendo, sei lá por quanto tempo, mas 20, 30 segundos que duram duas eternidades e meia, pra dizer que tá tudo bem, pra dar um sim, aceitar. É ser c* doce, ou não é? Mulher gosta de fazer homem sofrer, em todas as idades, culturas e situações! Flora apesar de também gostar de mulher, era igualzinha! Eita racinha difícil!

Na mente de Robertinho, veio aquela famosa frase do jogo Mortal Kombat: “Robertinho wins – Flawless victory!”

Ele deu um soco discreto no ar pra comemorar. Era realmente uma vitória. Ele precisava de uma companhia do sexo feminino, esta era a única exigência pra ir a festa, e cá entre nós que exigenciazinha babaca. Que que tem ir sozinho? Bem amigo o Armandinho também, mas deixa quieto, voltando ao fato da vitória: não importava se essa menina também gostava de menina, ou se era louca demais; com certeza desconhecidos estariam presentes, sem saber de sua preferencia sexual, e ele, Robertinho, o macho alpha, mega ultra plus, poderia gabar-se de estar acompanhado daquela delicinha que causava frisson onde passava... Ota palavrinha velha, frisson! Uma professora minha falava isso, sempre achei muito chique, e nesse caso frisson tá substituindo a palavra tesão mesmo.

Robertinho vestia uma calça jeans nova, e calças novas podem te comprometer e muito, pois elas ficam fazendo parte de você. E atenção mulheres: vocês quando fazem xixi, se livram das calças, a abaixam até o submundo para poder fazer sua necessidade. Nós só sabemos o que é isso na hora do coco, mas na hora do xixi a realidade é outra! As calças ficam bem próximos do nosso amigo principal lá. E a calça precisa ter além de um zíper grande, que abra até o começo da coxa pra poder sair tudo, precisa ser de um tecido bastante maleável, para dobrar bem naquela parte e ficar longe do pinto. Por que o processo é o seguinte: você tá lá fazendo xixi, e não vai ficar olhando o tempo todo para as coisas que compõem o momento. Olha para outras coisas também. Tipo, o papel ali em baixo, a descarga , e o azulejo. Inclusive, diga-se de passagem que graças ao xixi em pé que nós fazemos, é que a profissão de assentador de pisos e azulejos é quase 100% masculina, porque nós estudamos com precisão a colocação dos mesmos em cada mijada. Observando e analisando minuciosamente naqueles poucos segundos, daí a gravação da excelência da coisa, e toda a qualidade da parada! Sentiram a profissionalidade do sexo masculino né. Voltando ao xixi, nós logo, nos preocupamos quando essa parte da calça não dobra muito, e acontece o que aconteceu com Robertinho, acaba mijando aquela dobra do zíper. E claro, o xixi já vai cair para outro lado, que não o interior do vaso. E o pior é quando é alguma calça ou bermuda de elástico, e de repente, no meio do xixi, o elástico escapa da sua mão! É aquela mijada dentro da caçapa, fiasqueira total! E já que estamos falando de xixi, para que não reste dúvida, o processo todo acontece assim:

- O cara vai até o banheiro, e em frente a privada, desabotoa a calça abre o zíper, ou baixa o elástico da calça e da cueca;

- Ele acorda as coisas lá dentro, afinal tá tudo meio amassado dentro da roupa né. São leves pegas pra endireitar o bicho;

- Pega-se o pinto (palavra linda né) com os dedos indicadores e polegar (cada um tem a preferencia de mão), logo abaixo da cabeça (do pinto),dá uma leve esticada e mira a abertura da cabeça do pênis (palavra feia né) para o interior da privada. Isso tudo sempre olhando pra ele, o pinto;

- Agora, tudo certo, é só manter tudo isso e deixar o xixi fluir. É incrível como você sente ele passando pelo seu interior até chegar na louça (privada). É neste momento que o cara sente uma espécie de prazer e relaxa um pouco mais, sem perder o controle de nada, e suspira olhando pro teto;

- Perto de acabar, se dá uma leve chegada mais para “dentro” da privada, força-se (não sei como, mas acontece) mais algumas gotas a saírem, e vem então a famosa chacoalhada. Também apenas com os dedos. Nessa chacoalhada geralmente algum resquício pinga em você, e você nem sente;

- Quando você acha que realmente acabou, coloca o pinto na cueca, em um movimento duplo: uma mão sobe o elástico da cueca, enquanto simultaneamente os dedos recolhem o pinto, e é nessa hora, quando a cabeça (do pinto) encosta no tecido, uma mancha de molhado aparece, um último pingo de xixi que não saiu, e com a pressão dos corpos, acabou saindo, e é por isso que nossas cuecas não cheiram lá muito bem;

Robertinho já estava ficando bom nisso tudo, mesmo porque é algo bem natural.

E existe algo que não escrevi, por ser meio polêmico: guardar o pênis na cueca... Tá eu escrevi isso, tudo bem. Mas de que forma? Em que posição? E há lendas sobre isso: para o lado, dá tal problema, para o outro lado, dá outro problema. Para cima isso, e para baixo aquilo.

Conforme consulta, pesquisa e sei lá mais quê: O normal é guarda-lo para cima. Porque ele vai ficar um bom tempo na posição que o colocarmos, e acreditem, por causa dessa posição pós xixi, ou qualquer outra coisa, é que os pênis tem o posicionamento que tem quando eretos. Exemplo: se é toro pra um lado, é porque é guardado para um lado. Se não sobe muito, é porque fica para baixo. E já se fica lá empezão, bonito, treinado, querendo pular, é porque é guardado pra cima!

É isso, não mudou suas vidas, mas alguém no mundo devia ter essa curiosidade. E nessa Robertinho já molhou alguma roupa, credo, que nojo!

Eis que o nosso amado sábado chega. Robertinho ganhou uma camisa xadrez pra ir na festa. Flora ia de vestido tubinho preto... Pensa na loucura. Robertinho preferia não pensar, pra seus ânimos não se enaltecerem muito! Mas ele pensava e bastante, em como os outros caras que não conheciam sua prima, iriam babar por ela, e ele por sua vez, é óbvio eu iria apenas contar vantagens.

Hora de fazer aquele lanche, tomar um banho, começar a se arrumar. A festa estava marcada para as 20h, eram 18h e 30min. Servindo-se de suco Flora deixa o copo cair no chão e com o susto, pisa em um grande caco de vidro e faz um corte profundo no pé. Em segundos o piso claro se tinge de rubro pelo sangue da garota. Ela grita alto, assustando ainda mais.

DESESPERO. CORRERIA. PAI DE ROBERTINHO. CARRO. HOSPITAL. PONTOS. REPOUSO – NADA DE ACOMPANHANTE!

Era isso mesmo, Robertinho acabava de perder sua acompanhante. Flora pediu mil desculpas, mas nem podia fazer nada, a não ser que quisesse boas doses de dor e inflamação. Robertinho nem estava com raiva dela, mas sim do destino, este desgraçado!

No corredor o pai disse:- Filho, vou te levar pra casa, pra tu te arrumar e ir na festa. Tua mãe e eu ficamos aqui com ela na observação.

E assim foi feito! Mas e agora? Ele estava sem acompanhante, e já tinha criado toda aquela ilusão da festa, toda aquela fantasia, luxúria, a expectativa de merda que a gente cria pra qualquer grande causa. E ficar em casa ele não queria mesmo. Mas nem tinha idéia de como resolver isso. Pediu ajuda: ligou para Augusto. O garoto estava se arrumando pra ir na festa, mas parou tudo e foi até Robertinho para cumprir uma missão impossível.

Pensa daqui, pensa dali. Pensaram o mesmo que você ai já pensou faz tempo: contrata uma prostituta!

- Que? Tá louco? Não, vamo continuar pensando. – Robertinho não conseguia imaginar como seria uma coisa destas.

- Cara não tem outra solução. Tá muito encima da hora! Eu tenho dinheiro pra te emprestar. Quebro esse galho.

- Mas cara... Isso... Sei lá... É...

Mas Augusto não estava aceitando sugestões, e Robertinho muito nervoso, porque o cara estava fazendo tudo por ele, contratando de verdade uma garota de programa.

Ele pegou o jornal regional da semana, que sempre vinham alguns anúncios e ligou na cara dura.

“ Carolyne, loira, seios e bunda firme, universitária. Pronta pra realizar todos os seus desejos.”

Robertinho tomou um grande copo de água com açúcar na cozinha e só ouviu o final da conversa por telefone, quando chegou de volta a sala: - ... É só pra isso sim, não vai precisar fazer nada. Anotou certinho o endereço? Ok. 5 minutos? Beleza, estamos te esperando.

E em 5 minutos, a campainha tocou: - uma loira linda, estatura mediana, tudo bem firme estava em frente a sua casa.

Robertinho olhou pela fenda da cortina na janela da frente e se desesperou: - Cara, ela chegou. Meu Deus, tem uma puta na frente da minha casa.

- Em breve dentro da sua casa. – Lembrou Augusto tranquilo.

- Cara, ela não pode entrar! O que vão dizer? E seu meu irmão chega? Se meus pais chegam? Não dá!

- Cara. Se a. - A campainha tocou de novo, ela tentava olhar quem estava na fenda. – Eles não sabem que ela é uma prostituta. Se chegarem, se alguém perguntar, é minha prima.

Realmente Augusto é o cara!

Ele abriu a porta e a atendeu. Repassou o plano do portão até a sala da frente. Robertinho tremia e estava bem pálido de nervoso.

Ao vê-lo, ela sorriu, e o jogou no sofá: - Delicinha você hein. Vamos começar nossa festinha agora. – E tentava abrir o zíper do garoto. – Robertinho olhava assustado, desviando as mãos dela.

Augusto mais uma vez o livrou (ou não né – trouxa)

- Moça, é só o passeio, e nada mais. Só acompanhante, nem beijo não precisa.

- Ah, achei que quisessem algo rapidinho a três antes de irmos pra festa.

A idéia não era das piores, mas não era o momento,e muito menos local.

Robertinho trocou de roupa, e quando os três saiam porta a fora, seu irmão chegava. Não perguntou nada, mas olhou fixamente desejando a moça, Carolyne, com uma expressão que dizia: - Tão pegando bem hein gurizada!

Foram a pé, e Robertinho só pensava no que as pessoas iam falar. No meio do caminho, pararam na casa de uma garota, e ela foi com eles. Era a acompanhante de Augusto. E claro, como mulher resolveu conversar com a outra presente de sua espécie: - Que linda essa sua roupa. Comprou onde?

- Obrigada. Na verdade eu ganhei de um cli... Clima frio que está fazendo não acham?

- Mas você é um pouco mais velha, não estuda mais né?

- Não, eu só trabalho.

- Trabalha com o que?

- Alimentos. Eu sou, quer dizer, eu dou comida para as pessoas.

Chegaram, e agora era a hora. O que as pessoas iriam dizer? O que iriam pensar? Será que desconfiariam que ela era uma garota de programa? Respira fundo e vive neguinho!

Enquanto isso no hospital, os pais de Robertinho saiam com a sobrinha, e cruzaram co m o pai de Armandinho, que era enfermeiro e terminara seu expediente. Conheciam-se, pois eram quase vizinhos, cumprimentaram-se, e eis que o pai de Armandinho puxou o assunto: - Gente, quero até pedir desculpas. Não tive tempo mesmo de ir até lá convidar vocês, mas gostaria muito que fossem na festinha do meu guri. Sei que tá encima da hora né. Mas ainda dá tempo. É coisa simples, sem frescura. Vamo lá, rir, se divertir um pouco.

E conversa vai e vem, insistência vai e vem. Flora também incentivou dizendo que ela ficaria bem sozinha e eles toparam. Era só chegar em casa e se arrumarem.

E claro, vocês já sabem: VAI DAR MERDA!

Robertinho queria muito bem ficar de olhos fechados, ou então melhor: sair correndo e voltar pra casa. Mas até que tudo estava se saindo normalmente bem. Carolyne era educada, e cumprimentava todo mundo que via, com um leve aceno e sorriso. Augusto e sua acompanhante os deixaram, eles queriam sentar-se, e Robertinho achava melhor circular. Para mais que cinco segundos podia ser problema. Na verdade ele tinha acabado de ganhar um animal de estimação do qual ele não sabia cuidar, e que provavelmente faria bastante sujeira no ambiente. Mas todos, principalmente homens olhavam atentamente a companhia do rapaz. Era só eles passarem, e ouvia-se assovios, e cochichos.

Poxa, não era exatamente isso que ele queria com Flora? Era, mas agora era diferente, parecia que ele tinha uma placa em seu traseiro dizendo: “Ela cobra por sexo, você quer?”

E sentia-se um pinguim escalando um vulcão. Mas andavam, andavam, e andavam muito. Viam e reviam pessoas. Ouvim e reouviam os comentários.

- Se você quiser eu posso te dar um beijo na frente de todos eles Robertinho, e faze-los calar a boca. – Mas ele nem respondeu, nem teve tempo de pensar no assunto, e o calor, aquele rosto, aquele perfume delicioso, e aquele lábios sugavam os seus. Uohhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh

Era o quarto beijo da vida do garoto (To certo nas contas?) e já tava pegando prostituta! Eita fera!

Ele havia esquecido de como aquilo era bom, mesmo estando uma pilha de nervos. Foi rápido,mas intenso e acompanhando de comentários altos, exclamações e até algumas palmas de quem viu.

Ele definitivamente precisava de um agora, muito.

- Vamos até na rua um pouco. – E se dirigiram a mesma porta que entraram. E antes que pudessem sair, deram de cara com os pais de Robertinho que chegavam na festa. O casal parou olhando estranho. Robertinho e Carolyne pararam olhando estranho. Augusto viu a cena e de sua mesa, jorrou todo o ponche de sua boca, em sua acompanhante.

- Vocês aqui? – Robertinho ergueu os ombros pra falar, e nunca articulou tanto seu maxilar. Ela mecanicamente, assim como das outras vezes, sorriu e acenou.

- Sim, é o que vocês está vendo. É que fomos convidados há pouquíssimo tempo? Mas quem é essa moça filho?

Pergunta difícil de responder... Chupa essa manga mijão!