Real ou imaginário?
Existem tantas coisas que não entendemos nem ao menos conseguimos explicar. Simplesmente acontecem e nos sentimos ináptos para justificar.
Me afastei do Recanto por um tempo para tratar uma depressão desmetida e injustificada que me acometeu. Vai ver que o que passo a relatar é apenas resultado desse período.
Bem, o certo é que comecei a conviver com um ser desconhecido. Muitas e muitas vezes tenho a nítida impressão de que não estou só. Percebo claramente uma presença invisível a me acompanhar. Não me refiro àquelas assombrações que tanto me meteram medo na infância. Essa caminha ao meu lado, e em vez de me medo me dá paz. Quem sabe, a solidão tenha me feito criar esse personagem como forma de não ser tão só e que já se tornou presença cativa na minha vida. Bem, o certo é que tenho a nítida impressão que não estou só. Alucinação?
Passada a crise maior, volto a sair. Hoje de volta pra casa, a sensação tornou-se tão forte que ia parar na padaria para comprar umas guloseimas, mas, para quem? Um quarteirão após, volta àquela alegria de que teria alguém à minha espera em casa. Acelero para chegar mais rápido. Abro a porta devagar como se fosse surpreender alguém. Ninguém.
Nossa, se minha psiquiatra souber que ando fantasiando pessoas a ponto de querer alimentá-las, certamente dobrará meus remédios que infelizmente tenho que tomar.
É o real e o imaginário se fundindo de uma maneira tão forte que o imaginário se dissolve na realidade, tornando-se vida ou morte.
Existem tantas coisas que não entendemos nem ao menos conseguimos explicar. Simplesmente acontecem e nos sentimos ináptos para justificar.
Me afastei do Recanto por um tempo para tratar uma depressão desmetida e injustificada que me acometeu. Vai ver que o que passo a relatar é apenas resultado desse período.
Bem, o certo é que comecei a conviver com um ser desconhecido. Muitas e muitas vezes tenho a nítida impressão de que não estou só. Percebo claramente uma presença invisível a me acompanhar. Não me refiro àquelas assombrações que tanto me meteram medo na infância. Essa caminha ao meu lado, e em vez de me medo me dá paz. Quem sabe, a solidão tenha me feito criar esse personagem como forma de não ser tão só e que já se tornou presença cativa na minha vida. Bem, o certo é que tenho a nítida impressão que não estou só. Alucinação?
Passada a crise maior, volto a sair. Hoje de volta pra casa, a sensação tornou-se tão forte que ia parar na padaria para comprar umas guloseimas, mas, para quem? Um quarteirão após, volta àquela alegria de que teria alguém à minha espera em casa. Acelero para chegar mais rápido. Abro a porta devagar como se fosse surpreender alguém. Ninguém.
Nossa, se minha psiquiatra souber que ando fantasiando pessoas a ponto de querer alimentá-las, certamente dobrará meus remédios que infelizmente tenho que tomar.
É o real e o imaginário se fundindo de uma maneira tão forte que o imaginário se dissolve na realidade, tornando-se vida ou morte.