30 segundos de solidão

No dia de sua morte acordou mais cedo, arrumou-se, colocou sua melhor roupa como de costume, um excelente perfume alinhou-se como se fosse sair pra uma linda festa, e saiu andando a esmo pelas ruas de sua cidade, era exatamente 10 da manhã quando encontrou o seu provável amor; já era tarde iria morrer às 11h35min da manhã do dia 21/10/1986 curiosamente a data do meu nascimento, não deu tempo de falar da chuva e do sol para o seu grande amor de uma vida já sem sentindo, então às 10h45min o céu caiu aos seus pés e já não sentia os braços e os pés, mas mesmo assim continuou andando, precisava falar que se apaixonara todos os dias pela a pessoa errada.

Precisava dizer que achava o amor cafona demais pra ser levado a sério, e sentia cada vez mais a morte perto do seu coração.

As 11h00min pensou em beber uma dose de conhaque, mas só pensou; ascendeu um cigarro e pensou na vida desde do momento que nasceu até aquele instante, é aquela velha estória se pudéssemos voltar no tempo faríamos tudo diferente.

Mas infelizmente não é assim que acontece, queria dizer tanta coisa mais as palavras nunca conseguiram sair, viu um vulto passar perto de si teve um ligeiro medo.

Mas logo a sensação estranha passou, sentia cada vez mais uma dor próxima ao peito; como se o seu coração pedisse logo pra parar de vez.

Agora o ponteiro do relógio vai para 11:15,seu corpo está frio como se fosse um defunto sem nenhuma importância (como se os defuntos tivesse alguma importância),e por um instante viu tendo de viver uma nova realidade, diferente de tudo que até então tinha vivido.

Ás 11:20 da manhã viu um acidente,( um bêbado foi atropelado por um carro,infelizmente não sobreviveu), sentiu novamente um frio. Tentou andar, mas quase não conseguia, estava cada vez mais fraco, pensou em beber novamente um conhaque, dessa vez conseguiu chegar até um bar, bebeu um conhaque e vomitou, logo em seguida olhou para o céu e diferenciou varias cores. Você já olhou pro céu hoje? Engraçado mais nunca olhamos pro céu; tem cinza, azul, branco e preto, ele enxergou só o preto. 11h25 é chegada à hora de declarar o amor e ódio que sentira a vida toda por uma única pessoa, mas só as 11:45 conseguiu chegar perto do único ser que amou na vida, uma vida sem graça e sem sentido regada á sexo, álcool e um ligeiro conhecimento sem muita importância, (rsrsrsrs); frente á frente com o amor, sentiu novamente a dor no peito só que dessa vez não alardeou ficou inerte a situação, e não teve coragem de falar nada e o amor esperou e esperou deu meia volta e se retirou, só deu tempo de ele gritar em um grito ensurdecedor “ EU TE AMO” e caiu no asfalto quente no sol do meio dia( A famosa hora ingrata), sentiu calor e frio medo e raiva, todos os sentimentos maus e bons e morreu como um pobre coitado, há vinte e cinco anos no horário de meio dia todos que passam pela a avenida central sentem todos os sentimentos que só quem viveu o outro lado da meia noite sabe o que estou falando.

E termino está crônica cheia de clichês e erros ortográficos como quem só respira a liberdade pode sentir.