Quinta-feira
Um dia como outro qualquer poderia ser, mas não foi. Esperava a gripe passar. Esperava as coisas melhorarem. A filha sarar. O telefone parar de tocar, pois os recados eram para a filha, nada a ver consigo mesma.
Esperava. E pedindo a Deus que tudo resolvesse para o melhor. Viera para fazer companhia e ajudar no que fosse possível. Já não agüentava mais ficar ali naquele lugar, longe da sua paz, enfrentando aflições que não as suas cotidianas, e sim as aflições dos outros, as questões que nem sabia como encarar e dar soluções. Estava ali como suporte confiável. Uma situação em que ficava distante de si mesma, também com tantas coisas pendentes e com as soluções a serem resolvidas.
Cada dia é um novo dia. E, às vezes, surpreendentes e nada agradáveis. Esta
Quinta estava assim, quase não suportável, mas o mais certo era suportar, conter,
e ter paciência e confiar que a filha melhorasse e, só depois voltar pra casa.
Meu Deus ajude a tudo voltar ao normal, e que os filhos fiquem bem.