Guerra junina
Acontecia em junho; riscos de luzes cortavam, ou até mesmo atingiam os santos, de qual santo era o dia? Obuses acendiam fogueiras no chão e o chão fervia, vítima do turbilhão.
Literalmente pé-de-moleque, ou pé-de-alguma idade saltavam a fogueira; bandeiras içadas gritavam palavras de ordem e “Meu Deus” era chamado em desordem.
Como tanta gente dormia com tamanho barulho? Como tanta gente fugia no momento de espocar os fogos?
Quantas cesarianas se repetiam, barrigas abertas e tão pouca gente nascia; quantos correios nada elegantes anunciavam que alguém não mais chegaria
Que a figura querida não se prenda à saudade; que no dia de um Santo Qualquer a prenda seja a disputa, e não em luta, arrematada e não arremetida.
Em apelo de fé, em clima quente, não aquecido pelo quentão; salvem-se os homens por si, ou em procissão, no dia de Santo Antônio, ou Pedro ou João; sem o arrojo da guerra; salve o santo com rojão
Em tempo:Uma aluninha, Ariadne, me pediu um texto com tema- Guerra, ficou pronto...é para você Ariadne