Além de Belo Monte e outras hidroelétricas, o governo está fazendo uma grande usina bem no lugar das famosas corredeiras do rio Teles Pires, na fronteira entre o Pará e o Mato Grosso, uma terra considerada sagrada pelos índios Caiabis, Mundurucu e Apiacá, três povos já muito invadidos e prejudicados pelo tipo de civilização imposta à  região. O governo promete gastar ali 3, 6 bilhões de reais e já tem uma grande área de floresta destruída para dar lugar à vila dos operários e construtores. Serão 9.500 hectares de área de floresta inundada. E para os índios que ali veneram seus antepassados, essa destruição só trará desgraças para todos. É incrível como logo depois da Rio 92+ 20, ainda não se cogite mudar esse modelo de progresso, modelo de desenvolvimento sem coração,  dando a impressão que a vida dos indios e ribeirinhos pouco importa.
 Nesse tempo, no centro-oeste (penso em Goiás) já se percebe a seca e a falta de umidade no ar. Na paisagem do campo, a atenção é despertada pelos Ipês floridos... Em uma época na qual quase árvore nenhuma tem folhas e a natureza parece tão castigada (sem falar nas queimadas que já se observam aqui e ali), parece que o ipê resolve pagar os maus tratos com as flores mais belas, frutos do seu amor. Cobre a natureza de flores e de um perfume suave que é sinal do seu carinho.