Diário de Sonhos - #006: Rosa de Hiroshima
Diário de Sonhos
Entrada #006 – Rosa de Hiroshima
Tenho notado uma coisa em meus sonhos: a imagem da minha universidade associada a lugares altos. Desde que passei a prestar mais atenção em meus sonhos, notei que sempre que sonho estar na universidade, eu sempre chego lá com o intuito de chegar a um lugar alto. Com este não foi diferente.
Mas antes deste sonho tive um outro relacionado a uma catástrofe nuclear. Uma das cenas que mais me impressionou até hoje foi o momento da explosão atômica no mangá “Gen, Pés Descalços”. Este sonho parece muito com essa cena.
Eu sonhei...
Sonho da bomba
Eu sonhei que estava no centro da cidade tentando voltar pra casa. Era tarde e fazia muito calor. Os ônibus passavam lotados e havia muita gente no ponto esperando. Por mais que eu tentasse não conseguia subir num ônibus. Então tudo muda, como num corte seco. Estou dentro de um ônibus mais do que lotado. As pessoas se esfregam tentando chegar mais perto da porta. Ninguém desce, mas cada vez sobe mais gente. Eu tento sair, mas não consigo sair do lugar. Pela janela eu vejo que minha casa passou. Fico com raiva. Corte seco outra vez. Eu vejo o ônibus por cima, como se estivesse num helicóptero. Vou me afastando, consigo enxergar os quarteirões em volta, as ruas. Logo estou vendo boa parte da cidade, mas sem perder de vista o ônibus no qual eu estava. O ônibus passa perto de uma usina nuclear e eu disparo um míssil, quero matar a cidade inteira. Uma grande explosão, tudo fica preto e branco e silencioso. Tudo muda de novo. Estou de pé em alguma rua. Está tudo preto e branco. As pessoas gritam, mas eu não as ouço. Elas derretem e viram um monte de meleca. Corro, tentando fugir da explosão. Todos que eu vejo derretem. A cidade está destruída e deserta. Eu sou o último ser humano existente e me sinto feliz com isso.
A outra universidade
Eu sonhei que estava em casa. Então saí pra ir à universidade. Como eu estava com preguiça de ir até longe, resolvi ir ao campus aqui perto de casa (isso não existe, o meu campus, que é o mais perto, fica a uma hora de casa). Chegando lá, ainda estava cedo para a aula, então procurei saber onde era os laboratórios de informática pra mim passar um tempo. O segurança me informou que ficava no último andar. Entrei no elevador e subi. Quando saí, havia uma plataforma bem estreita, como se fosse uma ponte. Olhei pra baixo e eu estava a centenas de metros. Tentei atravessar a passarela engatinhando, mas acabei deixando minha mochila cair. Fiquei observando ela cair durante muito tempo, parecia que nunca chegava até o chão.
E então eu acordei...