LUCRÉCIO E A SUA SEMENTE DE VERDADE
 
 
Segundona preguiçosa  esta...  Sem nenhuma   inspiração , resolvi dá  um mergulho no tempo, coisa entre 98/55 a.C. e encontrei por lá o seu  Lucrécio, um velhinho amigo meu; sujeito sabido o seu  Lucrécio, poeta e filósofo, autor de um único poema didático composto de seis livros conhecido como “De Rerum Natura” , com a tradução para nós de “Sobre a Natureza das Coisas”. Na sua época ele já defendia algumas teses, que foram reafirmadas na ciência moderna. Para se ter uma idéia ele se antecipou a Darwin e Lamarck com a teoria da evolução biológico e também a Lavoisier com o conceito da indestrutibilidade da matéria. Mas ele tinha um objetivo maior, era o de livrar o homem da superstição, de acostumá-lo a idéia de completa aniquilação com a morte, dizia  que a morte é fácil quando a vida se vai e que o homem não devia temer a morte nem os infernos, se a alma não passa de um conjunto de átomos que se desintegram com o corpo ( a mesma teoria de Epicuro, de quem Lucrécio foi discípulo) Pregava também  a inexistência de uma interferência divina nas coisas humanas.  É sabido que , na literatura latina, suas posições foram defendidas com eloqüência e força de raciocínio.   Conhecido  como um crítico atento  quanto as idéias e formas de viver de sua sociedade e de acordo com a sua obra, a proposição de verdade  era dirigida a uma audiência ignorante, esperando que alguém o escutasse e compreendesse e desta forma passasse a semente de verdade capaz de melhorar o mundo.

E ai eu concluo: Tá certo, meu amigo Lucrécio,  as suas palavras chegaram até nós e a ignorância não atravancou o progresso, mas o mundo não melhorou essas coisas todas não.

 
Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 02/07/2012
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