PERDIDA PRA MIM?

Com quase meio século percorrido "nesta vida", encontrei afinal minha querida, minha verdade, ela nem contava ainda vinte anos de idade. Eu de gêmeos, ela com dupla personalidade, muitos amores efêmeros embora inexperiente, bipolaridade; ainda assim, por janelas brilhantes e letras negras nos tornamos amantes, brilhou o amor em diamante e o meu dia de amante mais perfeito, mais do jeito que ela procurou.

Como bom mineiro que sou, escavei, garimpei, busquei seu avesso e o rubro, precioso amor que que ela guardava, tudo isso ao natural, sem o toque real de minha mão, apenas palavras escritas sinceras e minha voz... brilhou o rubi que ela escondia no coração... Não, não foi em vão! De antes calculista e fria nesse tipo de relação, ela reagia com emoção, a cada vez que comigo estava, sofreguidão.

Correndo, eu na dela, e ela na minha direção, passaram-se anos nessa construção; era comunhão e era solidão, era jura de eternidade e era saudade do que não aconteceu até o dia.., o maldito dia. Não era "o dia D", nem "a hora H" de acontecer, era uma mentira contraditória pois apesar da viagem inglória, sentimos o corpo "estremecer", revelou-se naquele amanhecer que era palpável e verídico.

Uma estrela passou a iluminar-lhe o olhar, e claro, todos passaram a reparar, quem não dava nada por ela agora a queria aprisionar; e recolheu, e guardou a sete chaves a minha "estrela de Davi", meu diamante, meu rubi que eu escolhi pra lapidar... Para o amor ensinar.

Mas ainda não deixei de existir, ainda vivo, não perdi ainda. Não desisti, o brilho ainda há de explodir, tudo há de ficar "BEM".

Mar Ferreira
Enviado por Mar Ferreira em 29/06/2012
Reeditado em 29/06/2012
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