PAPO PERVERSO EM TREMEMBÉ
O bicho homem sabe ser cruel e para ilustrar essa tese, não irei às savanas ou às cavernas africanas, mas partirei da Grécia antiga, quando os atenienses ofereciam aos condenados à morte três opções: estrangulamento, decapitação por meio de cutelo, ou envenenamento. Os dois primeiros eram sempre preteridos porque representavam, respectivamente, humilhação demais e dor excessiva. Assim, a preferida era uma “cicutinha básica” como aquela que ofereceram ao nosso querido Sócrates.
Na Roma Antiga, em época anterior a Júlio César, o enforcamento e a decapitação eram as sentenças mais comuns, mas também havia outras especiais para incendiários, que teriam de morrer ardendo em fogueiras; e para os homicidas de pais e/ou irmãos a condenação era “boazinha”: serem cozidos vivos e depois atirados ao mar.
Os hebreus preferiam o apedrejamento ou a decapitação; os chineses se divertiam deixando cair gotas d’água na testa do condenado (sempre no mesmo lugar) até conduzi-lo à completa loucura; enquanto os japoneses sentenciados à morte recebiam permissão dos juízes para rasgarem seus ventres com sabres.
Pularei as atrocidades de Nero, de Calígula, dos inquisidores que acenderam milhares de fogueiras humanas, de Mao Tsé-tung, de Joseph Stalin, de Hitler, da Imperatriz Tz’u-hsi, de Genghis Khan, de Pol Pot... Foram “pessoas” que fizeram suas milhares de vítimas se perguntarem onde estava Deus que não as socorria.
Observem que entre os nomes acima, apenas uma mulher se destaca, mas na atualidade, a sociedade brasileira ainda tenta compreender o que acontece com as cabeças de três mulheres que, hoje, coincidentemente, estão morando na rua Monsenhor Amador Bueno, 59, no centro de Tremembé, SP. Para quem não sabe, este é o endereço da Penitenciária Feminina "Santa Maria Eufrásia Pelletier”. É lá onde estão vivendo aquelas que conseguiram sujar a nossa raça: Suzane Richthofen, Ana Carolina Jatobá e Elize Matsunaga.
A primeira foi filha de uma égua a ponto de se unir ao namorado e ao cunhado (Daniel e Christian Cravinho) para facilitar os assassinatos de seus pais, Manfred e Marísia, a golpes de barras de ferro, enquanto dormiam. A segunda foi cachorra a ponto de espancar uma menininha de cinco anos de idade, de quase matá-la, e de ajudar/concordar que o seu marido canalha defenestrasse o pequeno cadáver do sexto andar do edifício onde moravam. A terceira,uma “rameira arrependida”, teve coragem de quebrar o “potinho de ouro” dela, dando um tirambaço na cabeça do “japa da Yoki” e depois “fazendo um sushi” dele.
Não é difícil para mim, imaginar um diálogo entre elas, durante um banho de sol:
Suzane Richthofen: “Liz, querida, você é minha “ídola”. Que cabeça boa, menina! Eu e minhas duas flores (os irmãos Cravinhos), poderíamos ter tido a ideia de retalhar aqueles dois velhotes e ter largado as fatias em diversas lixeiras de São Paulo”.
Elize Matsunaga: “Bondade sua, Sussu, você foi melhor do que eu! Eu poderia ter contratado alguém para matar o "Yoki" a pauladas e depois era só simular um assalto. Que burra eu! Agora estou aqui lascada, “dura”, sem poder ver minha filhota... ”
Ana Carolina Jatobá: “Não, Liz, você é a melhor de nós três! Eu só lamento que você não tenha fatiado o seu “japa” antes. A ideia de carregar o corpo nas malas foi genial. Para eu sumir com aquela pirralha, bastaria uma... frasqueira”.