Crônica #107: CAFÉ DA MANHÃ COM O OD COM ANA FLOR DO LÁCIO E ETHIEL AVILIS
Crônica #107: CAFÉ DA MANHÃ COM O OD COM ANA FLOR DO LÁCIO E ETHIEL AVILIS
Plom! Soa o aviso do mensageiro do meu iPhone. Verifico e vejo que é a Flor do Lácio a dizer-me que que posso ligar que ela está disponível. Ela nem sabe que esta é a última ligação daquela operadora que estou a fazer. Não que seja pelo preço de de R$ 0,25 a chamada. Estaria tendo apenas um ganho real de R$ 0,04 de economia. Mas será mais cômodo para mim juntar tudo num pacote combinado de telemóvel, telefixo, internet e televisão e por um preço bem accessível que não revelarei, pois não sou seu garoto propaganda.
[Ana]: Quem está lá?
[Od]: Não vê, Ana? Sou eu, Od! Shalom!
[Ana}: Beseder! Sabe, Od! Fico muito assim... não sei dizer... não é inveja, sabe? Chega dar água na boca esses cafés que tens servido aí em tua casa.
[Od]: Não seja por isso! Venha amanhã tomar um cafezinho conosco. A Susana e eu teremos o máximo prazer em receber-te.
[Ana]: Nem precisa convidar duas vezes. Amanhã sem falta chegarei aí, às sete e meia. Me aguardem!
[Od]: Com muito prazer! Lehitraot!
[Susana]: Quem era, Od?
[Od]: Era a Ana, Susie. Acabei de convidá-la para nosso café amanhã.
[Susana]: Foi nada? Acredita que agora mesmo agora mesmo convidei a Ethiel para vir também tomar conosco o café da manhã? Que coincidência! Vou retornar para ela combinar com a Ana de virem na mesma condução.
[Od]: Isso! Já pensou! Vai ser uma manhã memorável!
[Susana]: Ah, se vai!
[Od]: Susie! Chame as crianças la em cima. Desçam todas e vamos meditar a perasha da semana.
“Olha a Parasha da Semana Ai!!! Parasha Korach (coré) -38ª Parasha - Rosh Eduardo Stein | 2 de Tamuz de 5772 - Números 16:1-18:32 at Bty …
Após a ministração pelo Od, o líder da família, como é o costume, todos foram dormir, excitados para verem chegar o dia seguinte.
Às cinco e meia da manhã, o Galo Roberto do alto do jenipapeiro, orgulhosamente dá o seu grito de alvorada: “Robeeeeeeeeeeeeerrrrrrrrrrrrrrrrto!!!!!!”, crente de que é capaz de, com seu grito de tenor arrastar o dorminhoco Sol de sua câmara de dormir. Não é pra menos, pois logo a seguir, no arrebol começa a pintar um belo rosicler e, a seguir, sai forte e enérgico a iluminar mais um novo dia.
Susana a esta hora já está com tudo pronto, café, pães, figos, pêssego, passas, tâmaras, mandrágoras, damascos, lêcach e muitos outros doces e massas e bolos de dar água na boca.
Também vieram para o café o Amin e a Rúshia, e até o Zeca Split Kadínio. E até o Bosco e a Rose foram convidados e se fizeram presentes.
O Od tangia o seu alaúde com belos característicos improvisos. Amin tocava sua belíssima guitarra portuguesa. Split fazia uma vivaz e ritmada percussão, ora, em seu udu, ora, num djembe, e alternava em suas congas que mais parecia três percussionistas. Não sei como ele conseguia aquela façanha. Sempre fomos uma família muito alegre e nossa forma de louvar ao Eterno é baseada no Tehilim 100, onde nos ensina a louvar Adonai com júbilo, com exuberante alegria.
A Susana tocava castanholas e a Rushia o adulfe. Os meninos dançavam e nos acompanhavam com bastante júbilo.
Tentávamos cantar o Hava Nagilah em ritmo de vira, em honra de nossa amiga Ana que é vinda de Além-mar, embora tenha coração auri-verde.
E é justo nesse momento que cantávamos:
“Hava nagilah (3x) nismecha...”
Nesse momento, pára o carro de Ana em nosso estacionamento, frente ao jardim. Descem com ela, a Ethiel e seu netinho JP.
[JP]: Olá, Vovô Od! Posso chamá-lo assim?
[Od]: Claro, JP! Bem-vindo! Adonai te abençoe! Bem-vidas, Ana e Ethiel! É um imenso prazer recebê-las aqui em nosso humilde rancho!
[Ana]: Eu que me sinto honrada! De hoje que tenho essa vontade e curiosidade de chegar até aqui. Vejo que os amigos em nada exageraram, mas é tudo virtualmente como qualquer um pode imaginar. A imaginação é o limite, acho, pois, pois!
[Amin]: Pra vocês verem! Nós nunca exageram. É exatamente isso que sempre falamos. O Primo está aí pra confirmar.
[Ethiel]: Od! Vou te falar! É de mais! Esse jardim é, como eu diria, mesmo? É por demais os-blé-ti-co!, Supético! É exatamente como eu imaginava! E os passarinhos não são virtuais, mas reais!
[Ana]: Mas e esses instrumentos? Tudo a caráter! Vamos ter um sarau?
[Susana e Rúshia]: Venham todos aqui para trás! A mesa já está posta a a brisa está soprando forte e logo, logo esfria tudo e vai perder a graça.
Pedimos a Ana que desse graça e nos servimos à vontade.
Embora não fosse uma casa Portuguesa, com certeza, mas, em honra, à nossa convidada especial, não pode falta um bom vinho do porto sobre a mesa.
Depois do café, tivemos pois momentos de prosa. Falamos dos propósitos do Eterno para as nossas vidas, meditamos sobre a parasha da semana, como não poderia deixar de ser, findamos todos falando de poesia.
O Od, tentava explicar como se fazia um Extrato da Capo Garimpado, A Ethiel, o ajudava, pois ela entendera rapidinho como isso se processava. O Amin, tentava entender todos os estilos poéticos do Od e levava jeito em todos. Parecia até irmãos gêmeos. A Ethiel declamava as poesias da Margareth e até fazia duetos com o Od, igualmente como a própria.
E catamos muitos fados e viras.
Por falar em fado, o Od cantou um que fizera em ode a Ana Flor, MEU REFÚGIO, MEU FADO.
E eu nunca havia visto o Bosco tão calado.
Mas ele bem que participou tocando tocando muito bem o seu charando fazendo belos trilos, trinando belos solos acompanhando enquanto Ana cantava seus fado ao lembrar-se de sua terra em Além-mar. Uma lágrima de saudade lhe escorria do olho esquerdo ao cantarmos o fado preferido de seu amado pai.
Mas, infelizmente, num ping cá, num ting lá, e num tic aqui num tac ali, o tempo voou de tal forma que tivermos que nos despedir e cada um voltar para os seus lares e afazeres.
De uma coisa ficamos certos. Temos que voltar a nos reunir o mais rápido possível.
E sem demora.