Unicórnio.

"E o unicórnio disse: Eu acredito em você se você acreditar em mim.'' (Lewis Carroll)

- Me dê a sua mão?

- Para?

- Para com isso... me dê, não confia?

- Não sei...

- O que houve?

- Medo surgiu.

- E por que surgiu agora?

- Não sei, é normal, me desculpa. Um lado meu quer acreditar no mundo, mas o outro já pegou trauma sobre ele.

- Mas eu não faço parte desse mundo.

- Faz sim! Agora faz...e até então, você só fazia parte da minha imaginação... como vou saber que não voltará a ser apenas minha imaginação? Você é como um unicórnio. O mais belo, o mais sincero, mágico, o que sonhei pra vida inteira... mas....

- Chega de ‘mas’! O que houve, não consigo te entender.

- É medo, querido. É apenas medo. Apesar da segurança, da nossa sinceridade, não se sabe o futuro! Tenho medo dele... Queria que o tempo parasse. Me desculpa.

- Eu a entendo. (sorriu) Por favor, me abrace.

...

- Que abraço mais gostoso! Agora olhe para mim, sem nenhuma vergonha! Tens olhos tão lindos!

- Impressão sua...

- Não é não! Olha, acredite em mim, que eu acredito em você. Eu. Você. Você teve milhares chances de fantasia com outros seres, maravilhosos ou não, mas que não deu certo. É porque não era para pertencer a ti. Eu também, já pertenci há outras imaginações, mas não encaixou. Nós, juntos, ficamos reais. Somos reais. Acredite em mim, que eu acredito em você.