MARCELO BRAGA. SUA OBRA.

Sob minha leitura cinco livros de Marcelo Braga da “Coleção Dilema”, definidos na resenha como um “ensaio do desdobramento do íntimo”. Um périplo por cidades brasileiras onde os livros, que são filhos, foram gerados.

Não sou crítico literário, embora a vida passeada no tesouro que são os livros me desse por terceiros, em razão de viver escrevendo por todos os motivos, toda uma vida, o título de literato.

A crítica, digo sempre, é o valor pensante mais alto do dogma da estruturação da criação, em todas as atividades. Não poderia ser em contrário, com mais força, no ato de escrever.

Se somente em Cristo se teve a ausência de escrita, em fenômeno imensurável, de seus ensinamentos brotou a mais notável literatura espalhada pelos tempos. Foi o personagem sobre quem mais se escreveu sem nada ter escrito.

A resenha da “Coleção Dilema” deixa claro essa ligação transcendente da qual ninguém se afasta mesmo pensando poder se afastar, ainda que sob o pálio respeitável da dúvida, quando afirma que esse "desdobramento íntimo", nominado cenáculo principal da obra, é “ o apetite voraz e desenfreado” ora em busca do “Carpe diem”, ora em busca do dia de amanhã."

E o amanhã pertence ao infinito ....e dele não se foge, a ele pertencemos.

E assim caminhante se mostra o autor em “Partículas Acrílicas”, fls. 19, conhecendo “toda a maldade humana..” e sendo “ paz no Gólgota..”.

Nos brinda Marcelo Braga com essa criação de fôlego, salteando imagens surreais ao entremeio das emoções efervescentes que se banham na franqueza impulsionada pela sensibilidade.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 25/06/2012
Reeditado em 25/06/2012
Código do texto: T3744111
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