DESIGUALDADE SOCIAL

O mundo cresce a olhos vistos e a humanidade evolui junto com esse avanço, mas, uma desigualdade social grita no âmago do sistema. Enquanto uma pequena parte se alimenta da fartura oferecida pelo “favorecimento”, uma massa mutilada em sua dignidade caminha em direção contrária às condições humanas necessárias.

O mundo precisa abrir os olhos e enxergar essa massa que aumenta exponencialmente como uma ferida sangrando no seio de uma sociedade estereotipada e preconceituosa. A exclusão flagela e verga aqueles que vivem com a mão estendida e a cabeça sempre baixa. Investir em educação e adaptá-la aos novos avanços mudaria o rumo dessa história e construiria uma nova visão de sociedade. A educação como arma contra a desigualdade social contribui para que haja inclusão e uma sociedade mais igualitária. Mas, aqueles que escrevem a história política, vivem apagando um futuro mais justo, perpetuando o flagelo para sustentar o poder, favorecendo assim as mazelas. Os programas sociais – para muitos e para mim, assistencialistas – amenizam, mas não combatem de forma eficaz a desigualdade. Proporcionam a perpetuação e não a solução!

Não se faz uma nação com excludência e sim com igualdade, por isso, à priori, a educação pode ser a cura de tal enfermidade social, mas só com vontade política e empenho poderá distribuir o bolo em partes iguais. Enquanto a nesga come o caviar das oportunidades, a massa alimenta-se com os restos dos dejetos de uma sociedade com vieses de conduta. Ó pátria mãe idolatrada! Mas, essa própria mãe escolhe alguns de seus filhos para presenteá-los com o poder de decisão e aos bastardos (excluídos) esses sim são rejeitados e dormem sem as bênçãos da constituição. A sociedade desigual vai colocando cercas elétricas e aumentado seus muros, mas já é possível ver o país descendo a ladeira com uma romaria de flagelados armada com fome e abandono. Quando a desigualdade exigir a sua parte desse bolo não adiantará paliativos, mas sim doses cavalares de imosec, pois a merda já foi feita, mas ninguém quer ser o responsável por ela.

MÁRIO SÍLVIO PATERNOSTRO