De mãe para filha

 

 

Minha filha esteve uns dias aqui e perguntou se não teria algumas coisas de casa que pudesse lhe dar. É claro que tenho, fiquei até contente, muitas vezes penso nisso, mas nunca sei se vou agradar ou fazer um presente de grego. Imediatamente, talvez por causa do frio, me lembrei do réchaud de fondue que não uso há anos. Na verdade são dois, um com panelinha de alumínio e outro com a panela de barro esmaltado, que ela adorou. Lembrei das noites em que reunimos amigos e passamos horas em volta da mesa nos deliciando. Lembrei de quando fizemos fondue de carne e tive um trabalhão para preparar os vários molhos. Acabada a refeição, a toalha estava ensopada de gordura! Nunca mais eu quis saber desse tipo, só mesmo os de queijo ou de chocolate com frutas. Penso que fondue, assim como pizza são para se comer à noite, com bastante gente em volta da mesa. Mas como viemos morar ‘na roça’ é raro convidarmos alguém para vir aqui depois do pôr do sol, por isso as sessões de fondue terminaram.

 

Outra coisa que ela pediu foi uma fruteira. Não daquelas antigas com pé alto, que não tenho. Costumo deixar as frutas em pratos artesanais de cerâmica pintada. Tirei um do armário, ela olhou e fez cara de muxoxo. Logo puxou os olhos para aquele que estava em cima da mesa, azul, grande, cheio de laranjas, bananas e maçãs. É deste que eu gosto, mas você está usando... Dei risada. Embora eu também goste do prato, que é bonito, ela pode levar sossegada. Ele já estava aqui em casa quando ela nasceu!





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