Entre a Cruz e a Caldeira
Entre a Cruz e a Caldeira
28/11/2011
Como é bom ser Americano. Temos rasco de paixão avassaladora capaz de enfrentar tempestades em total insegurança por um amistoso. Já de outras vezes deixamos de ver um jogo decisivo por um simples bate papo em um boteco.
Mas aí é que mora a razão de nossa torcida, enquanto uns são loucos fanáticos e outros simplesmente “estão” torcedores, nós americanos temos é amor.
Amor é comportamento. Amor não exige presença. Amor não exige afago. Amor não exige renúncia. Amor não exige declarações, não exige demonstrações. Amor não exige. Amor é.
O América não precisa se fazer presente materialmente o América é presença na alma.
O América convive com os demais aceitando-os com compaixão e brandura por saber respeitar as individualidades, fraquezas, opressões e mazelas.
Se o América fosse nossa companheira teríamos a certeza de um casamento eterno. As insatisfações deste casamento ocorreriam entre beijos e abraços na medida exata da necessidade de reacender a chama da paixão que nada mais é que a demonstração da presença e do querer no amor e assim sendo é de total importância e se transforma em fanática loucura de prazer.
O América não nos atrapalha, ele nos completa. Ele é como jura de amor “na riqueza” (serie A) ou “na pobreza” (series B,C, etc.).
Muitas vezes cantamos “Deus salve o América” mas não como uma súplica, este verso era uma oração de agradecimento pelo simples fato do América existir e apenas por uma licença poética a virgula não foi colocada. “Deus salve, oh América!”
Já diz o nosso hino “mantendo nosso espírito esportivo, social e cultural...” o América é um todo e não parte mas sempre fez, faz e fará parte.
O americano é aquele que antes de tudo acredita e é na crença que se é feliz.
Geraldo Cerqueira