TEMPO.

O tempo existe para alguns e é indiferente para muitos quando aplaca o vigor e pacifica o espírito. Na quadra da vida avançada, os que tiveram a sorte de galgar o alto da montanha como seres caridosos, terão a grande visão da existência.

Só os que percorreram o tempo intensamente, sendo úteis, construindo, sendo iguais, bons por índole com a qual chegaram ao mundo, despojados de egoísmo e enfunados do vento da solidariedade, lutando e vencendo, ou ao menos se retiraram para a iluminação, poderão saboreá-lo, extrair dele os verdadeiros benefícios, usufruir seus ensinamentos e viver em absoluta felicidade voltados para a luz do seu interior, imersos na chama do elo único que se aperfeiçoa na paz conquistada.

Assim será olhar para o tempo sem medidas, visitar o passado e rever a longa caminhada, quando no primeiro espaço do tempo apresentado consagrou-se o estudo, e mais a frente preservado continuava, e firme, já então podendo entender o que o tempo estudou.

Abre-se a época em que afinam-se os sentimentos, já restando poucas dúvidas sobre o existir, abrindo-se a porta da compreensão, quando os decretos do céu tecem as verdades colhidas, assentadas de absoluto por caminharem ao lado da virtude, onde o desvio se envergonha de aproximar-se, tamanha a envergadura gigante da correção caminhada.

Sacrário e receptor da verdade, culmina a jornada o tempo em oráculo festejado, com a certeza de ter o coração acima do cérebro; tudo podendo fazer sem violar o que é justo.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 22/06/2012
Reeditado em 22/06/2012
Código do texto: T3738905
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