O bem e o mal
O que prevalece no mundo? O bem ou o mal? Dizem alguns que, para o bem de todos, isso não existe. Outros, que o mal por si se destrói. O fato é que o mal ainda não se destruiu e o bem sobrevive sendo sparing do mal. São pessoas dicotômicas, situações dúbias, antagonismos que se atraem, escuros e claros que se alternam infinitamente para o mal ou o bem de quem com cada um deles se afine ou sofra. O mal me parece mais contundente, mais robusto e incisivo que o bem. Este último é quase sempre discreto, leve e efêmero, às vezes imperceptível. Para quem me diz que o mal não existe, eu os lembro da dor de dente, dos juros bancários, dos desafetos, dos hospitais públicos, da pobreza etc. Quando um deles falha pode contar que três ou quatro estão por ali. A aparente impossibilidade de se conciliar o bem estar de todos com as ambições pessoais é o mal maior. Os resultados benéficos da ambição são via de regra, efeitos colaterais dos esforços dispendidos pelo ambicioso, aproveitados por quem, ao acaso, seja beneficiado. Certamente a troca seja a moeda mais correta e justa do bem e a magnanimidade incógnita o seu ápice, porém a onipresença do mal é quem dá a medida astronômica da tarefa do bem. “Nem parece verdade” – “eu devo estar sonhando” – “sem medo de ser feliz”- “está tão bom que estou com medo” – São frases corriqueiras de quem vive momentos felizes. Isso significa que o índice de presença do mal está em baixa e que, o normal é a sua bizarra companhia. Porém, o bem deve dar sim o maior trabalho ao mal tendo como aliado a busca que as pessoas empreendem pela conquista desses momentos. Preferi não radicalizar em exemplos do bem e nem em exemplos do mal porque há quem diga que um dos males desta vida é o preço a pagar pela felicidade quando este deveria ser um bem sem preço.