Mistura de temas

Estive lendo o livro de Patativa do Assaré “ Inspiração Nordestina” e encontrei um poema cujo titulo é “Ao poeta do sertão”, uma homenagem que o poeta da mão grossa faz ao vate cearense Juvenal Galeno e aí me veio a idéia de musicá-lo e assim fiz, coloquei uma melodia em sol que modula de menor pra maior de uma estrofe para outra, ainda pretendo entoá-la em público em Fortaleza qualquer dia desses... o par de bispos, do meio para o fim da partida de xadrez é mais vantajosos segundo os manuais dos mestres e bons jogadores, mas com o detalhe de que a posição de peões esteja bem aberta, caso ela se encontre fechada e o oponente disponha de dois cavalos, então é uma praga, uma devastação, os dois pangarés começam a zanzar e é difícil aturar o baile do cavalo na cabeça como dizia o mestre Ninzovitch... acho bonita a voz da Gadu, lalaialaiá lalaialaiá... parece um fox, há um violininho e fazia um bocado de tempo que eu não ouvia sons tão doces, agradáveis, simples e benfazejos, eles trazem a mim impressões de terna infância, bons sonhos ou uma coisa bela e apaixonadamente parecida... o rapaz do telefonema, é filho de um companheiro meu do tempo da Marinha, estuda biologia marinha ou coisa assim e ele soube por pesquisa que o tal peixe aéreo aparece uma vez por ano aqui pelo vale do Jaguaribe na época das chuvas de verão, sua intenção é viajar até cá para capturar alguns para estudo.

Passei dos cinquenta e tomara que eu não morra antes da hora, se é que existe mesmo tempo exatamente marcado para a chegada e a partida da gente. Sei que há o livre arbítrio, e o sujeito pode muito bem antecipar sua partida e fazer o que lhe der na telha, enquanto está encarnado, mas certamente que prolongar sua estadia nesse chão só creio ser possível se o candidato se comportar razoavelmente bem e o azar não lhe der uma inesperada rasteira. Sou levado a crer que deve mesmo existir tempo pra tudo... mas, já que fui falar nessas coisas de viver e morrer, encontro-me assim, meio no meio do que considero viver e não simplesmente existir, estou e vou indo quem sabe no mesmo ou num ritmo bem parecido com o seu que agora me lê. Bem, porém, de onde vim, quem sou e pra onde vou é coisa muito enfadonha e muito questionável, por isso mesmo tomo outro rumo e deixo as respostas disso pra quem se achar mais capaz.

Penso! logo começo a agir, seja falando, escrevendo, trabalhando. E a propósito, amanhã faço o primeiro aniversário de adepto do Recanto das Letras e não se preocupem com festas nem presentes, essas homenagens eu já recebi adiantadas desde o primeiro dia que comecei a ler e ouvir os áudios que vocês postam gratuitamente aqui.

Agamenon violeiro
Enviado por Agamenon violeiro em 21/06/2012
Reeditado em 02/09/2012
Código do texto: T3736330
Classificação de conteúdo: seguro