MORRER ANTES DA MORTE FUTURA..
“Dia 23 será aniversário de morte de meu irmão e eu penso que se fosse vivo ele não daria conta de ultrapassar a dor do assassinato do seu filho mais velho e o diagnóstico de psicopatia finalmente dado a seu caçula.”
Escreve Maria Olimpia, em comentário a texto meu, secundando uma ausência por mim referida sobre crônica de quem, creio, também não sobreviveria a dor de ver sua querida filha assassinada barbaramente por querer o melhor para a sociedade.
Seus algozes estão prestes a receber a justiça do próprio povo, emanado do júri popular. Sua mãe, é uma morta-viva, suas irmãs fantoches da espectral crueldade.
Faço terapia assim declinando, soa como uma sentença que queria dar e folgo em não exará-la, por saber que a pena, NO BRASIL, recebe o benefício da progressão, premio odiento a quem dissemina morte e dor.
Cito mais uma vez, e vou sempre ratificar essa imbecilidade, logo que um pai que mata uma filha e tem a condenação de quarenta anos ficará ( e como?) preso dez anos. Não que seja eu um vingador ou pretenda fomentar o ódio, mas a pena é retribuição e reeducação, em todo o mundo e nas entranhas do penalismo. Essa é a razão da sociedade punir.
Quem pune não é o Estado, nem o governante ou o juiz, mas o povo, que dita através da legislação, por representação, a pena. E além de não se reeducar quem nunca foi educado, para a rua vai livre, leve e solto, em pouco tempo, SEM A RETRIBUIÇAÕ DEVIDA, o criminoso, carregando sua inclinação para o crime, e assim continuará.
A pena existe para quê? Para poder a sociedade viver em harmonia mínima, esse é o princípio, segregando aqueles que não respeitam seus iguais e trazem enorme sofrimento. Todos abrimos mão de nossas liberdades primevas, como matar, etc, e fizemos depositário delas a sociedade, o grupo, listando penas para quem assim se conduzisse contra as normas e trouxesse o mal, o crime, tudo em prol do bem comum, da harmonia.
Ninguém que ama o ente perdido sobrevive a essas atrocidades, morre-se junto. Por força do destino, os personagens reais descritos, já estavam mortos.