Antigamente, se dizia que além do portal dos burgos existia algo de muito perigoso e que este algo era terrível e assustador. Para conter a curiosidade das pessoas, eram contadas histórias de feras imensas e perigosas e somente os homens fortemente armados podiam se aventurar a sair pelas pradarias, em busca de aventura, alimento ou guerra.
Durante muito tempo a morte era lugar comum entre a humanidade, por isso a vida era tratada com total desrespeito. As pessoas morriam de todas as formas e as doenças eram tidas como fruto de magia, pecado ou maldição. O ser humano desconhecia como enfrentar estas mazelas, por isso acreditava nas profecias e as vestia como caminho.
Com o avanço da ciência o ser humano foi compreendendo coisas que desconhecia, sobre a vida e perdeu a conexão com a espiritualidade, acreditando que já sabe tudo sobre a vida. Mas, na verdade nada sabemos sobre a vida, apenas arranhamos a sua casca levemente. A ciência conhece apenas aquilo que rodeia a sua casca, nada mais.
Hoje, continuamos nos detendo no medo. Temos medo do desconhecido, por que temos receio da morte ou vice versa. Na verdade a morte é a libertação do espírito. Quando a alma se desprende do corpo e ganha vulto no seu mundo passa a viver a sua vida em toda plenitude, sem medo, sem receio e sem o peso do corpo e do mundo.