O empresário camaleão
O capital é mutável. Os empresários se utilizam da arte de dominar usando da filosofia, apoderam-se dos textos holísticos para justificar a exploração. Mas, isto no mundo do capital não é novidade, todas as armas são válidas, inclusive as falaciosas analogias. O que realmente inquieta é a fachada ética que permeia esta categoria de empresários, usam e abusam do discurso meloso, mas no âmago um espiral arenoso sombreia o espectro. Será que ainda estão presos no deserto atormentados pelas próprias sombras?
Assédio moral, demissões arbitrárias, intimidações e metas abusivas são o cotidiano dos obreiros. Uma pequena caminhada pela trilha dos tribunais trabalhistas basta para destronar a realeza empresarial. Os meios de comunicação empresarial, com suas colunas sociais estampam o disfarce, cenário de um teatro marcado por vítimas de uma sociedade ilusória.
A verborragia filosófica utilizada é a manigância do ego para manter “adormecida” a sombra da anomalia. Duvido que estas corporaturas durmam bem, desconfio de seus assessores holísticos e dos cientistas do comportamento, pois são co-réus de atos bárbaros de uma civilização aborda do abismo.
Nessa mesma linha a indústria carvoeira devasta o meio ambiente, ocasionando o aquecimento global e agravando as mudanças climáticas. Muitas das atuais doenças têm a sua origem na poluição produzida por uma sociedade claramente consumista. O ônus do resíduo poluente fica para o meio ambiente e o lucro para os empresários. A nossa realidade local é exemplo disso: poluímos os rios, as nascentes, as matas tudo fundamentado filosoficamente e como diz o jurista: licitamente...